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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Servição: Presa quadrilha suspeita de homicídios e explosões de caixas eletrônicos em Pitangui


                   
Segundo a Polícia Civil, um dos integrantes do grupo é apontado como autor de 30 homicídios. Ele é morador de Belo Horizonte e foi para a cidade recentemente

Publicação: 28/07/2014 18:12 Atualização:

Uma quadrilha que aterrorizava Pitangui, na Região Central de Minas Gerais, foi presa pela Polícia Civil e apresentada na tarde desta segunda-feira. As investigações apontam que o grupo vivia em brigas com rivais pela disputa do comando do tráfico de drogas no município. Pelo menos um assassinato e duas tentativas de homicídios foram provocadas pelos criminosos. Eles também são suspeitos de explosão de caixas eletrônicos. Um manual que mostra como produzir e manusear explosivos foi encontrado com um deles. Dois dos integrantes da organização criminosa saíram da capital mineira e foram para a cidade. Um deles, segundo a delegada Jeneffer Caldeira Adomiram, responsável pelo caso, é apontado como autor de 30 homicídios.


As investigações começaram há quatro meses por equipes da delegacia de Pitangui depois que uma pessoa foi assassinada e outras duas foram feridas a tiros. A polícia conseguiu identificar os membros do grupo e pediu mandados de prisão e de busca e apreensão à Justiça. Na última sexta-feira, durante uma operação, cinco homens foram presos. “Chegamos até eles depois de cruzarmos os vínculos de cada um. O grupo vivia em guerra pela disputa do comando da criminalidade na cidade”, contou a delegada.

Foram presos Daniel Teófilo, o Bola, apontado como o líder do grupo, Elton Galdino, Philippe da Silva Ribeiro, Lucas Pelegrino e Ulisses Lima Rocha. Além deles, um outro homem,Reinaldo Pereira Santos, que estava hospedado na casa de um dos suspeitos, acabou detido. Ele tinha um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas na cidade de Nova Serrana.

Na casa dos criminosos foram encontrados três revólveres calibre 38, munição de diversos calibres, balança de precisão e uma pequena quantidade de maconha. Os homens também são suspeitos de explodirem caixas eletrônicos na cidade. Um manual com informações sobre como manusear e produzir explosivos foi apreendido. “Tivemos alguns casos de ataques a terminais, mas ainda não conseguimos investigar a fundo esses crimes. Eles são suspeitos, pois encontramos o manual, pé de cabra e produtos químicos usados para produzir explosivos”, comenta a delegada Jeneffer Adomiram.

Entre os homens presos, dois deles, Lucas Pelegrino e Ulisses Rocha, saíram da capital mineira recentemente e foram para a cidade. “O Ulisses atuava no Alte Vera Cruz. Ele é investigado por mais de 30 homicídios e seria um homem forte no tráfico de drogas. Ele chegou a ser condenado a 36 anos prisão por causa de um assassinato em 2006, mas fugiu da cadeia em 2012”, conta a delegada.

As investigações, conforme Adomiram, vão continuar para tentar encontrar outros homens que integram a quadrilha. Os presos seguem na cadeia da cidade.

domingo, 27 de julho de 2014

UPP - Unidade de Polícia de Faz de conta - Favelas são "pacificadas" no Rio: Policiais teriam recebido ordens de deixar os traficantes em paz.

Um documento oficial não deixa dúvidas: acuados por bandos numerosos e bem armados, policiais de UPPs têm ordem expressa para evitar confrontos em favelas do Rio

Leslie Leitão
SEM AÇÃO - Policiamento de resultado: a cracolândia que ninguém incomoda
SEM AÇÃO - Policiamento de resultado: a cracolândia que ninguém incomoda (Marcelo Regua)
O timbre faz referência, por ordem de importância, ao governo do estado, à Secretaria de Segurança, à Polícia Militar e à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Arará/Mandela. Data de 16 de julho de 2014. Assunto: “Alteração no serviço”. A autoria é do comandante da UPP, capitão Paulo Cesar de Oliveira Ramos Filho, com carimbo de recebimento do supervisor do dia, sargento Rodrigo de Andrade Pellegrini. O texto, em português claudicante, é um choque: “Este comandante informa este supervisor que determine as Guarnições para não realização de Patrulhamentos noturno no interior das comunidades Arará e Mandela”. Soa absurdo, mas é isso mesmo, leitor: segundo o comunicado interno a que VEJA teve acesso, a tropa da UPP instalada para anular o poder do tráfico e garantir a ordem em duas das mais conflagradas favelas do Complexo de Manguinhos, na porta de entrada do Rio de Janeiro, tem ordem expressa para não trabalhar à noite. O documento sela por escrito algo já bem visível e conhecido nas principais UPPs: em número reduzido, com fraco poder de fogo e a desvantagem de não dominar a geografia do emaranhado de becos e vielas, os PMs buscam evitar o confronto com a bandidagem, que voltou a circular fortemente armada.
VEJA ouviu relatos de policiais lotados em UPPs que confirmam a prática da vista grossa em grandes favelas da cidade. O recuo se presta ao duplo objetivo de preservar a tropa e refrear os conflitos que vinham fazendo o medo transbordar dos morros para o asfalto, inclusive na rota turística. Durante a Copa do Mundo, os soldados do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da PM receberam instruções claras para não pôr os pés em lugares mais remotos do Complexo do Alemão, onde a gangue local fica entocada e tem força para fazer disseminar o crime pela cidade. “Quando rodamos o morro, o risco de haver uma troca de tiros aumenta. Então, o melhor é ficar parado mesmo. Isso evita que mais pessoas se machuquem”, diz um cabo lotado na região. Os números confirmam a desfaçatez cada vez mais aberta do tráfico, que avança sob a inépcia policial. Apenas nestes sete meses de 2014, cinco PMs morreram e 44 foram feridos a bala por bandidos em favelas com UPP — em todos os outros anos do programa somados, foram oito mortos e 39 feridos.
Quanto mais a polícia se preserva, mais os criminosos se sentem à vontade para retomar territórios que as 38 UPPs inauguradas desde 2008 anunciam como pacificados. No Complexo de Manguinhos, os marginais que não arredaram pé de lá atearam fogo em cinco bases policiais em março passado, ferindo o comandante. Na Rocinha, em dezembro, PMs foram agredidos a tijoladas depois de prenderem um suspeito. Não só os traficantes, aliás, agem com acinte. Na cracolândia colada ao Complexo de Manguinhos, centenas de viciados perambulam a qualquer hora do dia e da noite, em uma área cercada de UPPs e a apenas 200 metros da Cidade da Polícia Civil, um complexo de delegacias, sem que ninguém os incomode. “Estamos sempre em menor número. Vamos fazer o quê? A gente vai convivendo com a realidade, fingindo que nada acontece”, diz um policial baseado em uma das entradas da favela. Sem um bom reforço na tropa e o cerco implacável aos marginais, as UPPs, saudadas como o derradeiro capítulo de décadas de reinado do crime no Rio, correm o risco de entrar para o rol das siglas vistosas que fizeram água.
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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Câmeras registram três arrombando banco em Martinho Campos, MG

Polícia informou que eles utilizaram chave de fenda e pés de cabra.
Alarme da agência disparou e funcionários acionaram os militares.

Do G1 Centro-Oeste de Minas
Uma agência do banco Sicoob Credimac na Rua João Vital da Silva, no Bairro Ibitira, foi arrombada na noite nesta terça-feira (22) em Martinho Campos. A Polícia Militar (PM) informou que o circuito de filmagem do local identificou que três homens entraram no banco e arrombaram as portas da tesouraria e da sala do cofre com uma chave de fenda e dois pés de cabra. Nada do banco foi levado e ninguém foi preso até o momento.
De acordo com a PM, o alarme da agência disparou e dois funcionários do banco acionaram os militares. A porta da sala do cofre foi arrancada e as de acesso ao autoatendimento e da tesouraria foram danificadas. A polícia informou que quando chegou ao local os suspeitos tinham fugido em um carro. Até o momento ninguém foi localizado e a perícia técnica foi acionada.

Polícia Civil faz reconstituição do homicídio de idoso de 73 anos em Samonte

Idoso foi morto durante uma tentativa de assalto em sua casa, planejada por uma garota de programa com quem se relacionava há cerca de 1 ano

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PUBLICADO EM 23/07/14 - 18h10
Após fazer a reconstituição do assassinato de um idoso de 73 anos, em Santo Antônio do Monte, na região Centro-Oeste do Estado, a Polícia Civil da cidade concluiu que a garota de programa que "namorava" o senhor há cerca de um ano foi a autora do disparo que o matou. A jovem de 18 anos, que é mãe de dois meninos de 1 e 2 anos, pretendia roubar R$ 14 mil vistos na casa e acabou atirando após o idoso reconhecê-la pela voz. O aposentado foi morto segurando uma imagem de um anjo e uma foto da assassina nas mãos.

Segundo as informações do delegado Rodrigo Noronha, responsável pela apuração do caso, o crime aconteceu no dia 4 de junho, sendo que o corpo do idoso só foi encontrado por familiares no dia seguinte. "Eles foi encontrado com as mãos amarradas e segurado uma imagem de um anjo e uma foto de uma mulher que seria sua namorada. Ninguém viu nada suspeito, pois era um local muito isolado", explicou o policial.
Sem informações, a polícia começou a levantar informações sobre a namorada, Mariana Cristina Duarte, de 18 anos, que havia viajado repentinamente para o interior de São Paulo para vender rifas, no dia em que o corpo foi encontrado. "Após intimá-la, tanto ela quanto o seu comparsa,  Rodrigo Daniel Gonçalves, de 33, confessaram o envolvimento no homicídio", lembrou o delegado.
Na manhã de terça-feira (22), a reconstituição foi feita para detalhar todos os passos da dupla desde o planejamento do crime. Sempre que o idoso queria se encontrar com a jovem, ele mandava um moto-taxista buscá-la em sua cidade, Lagoa da Prata, que fica a 30 quilômetros do sítio. "Três dias antes do fato, ela foi até a casa e viu ele contando o valor de R$ 4 mil. Enquanto ela estava na casa ele ainda mostrou outros R$ 10 mil e brincou dizendo que não podia ter mostrado aquilo pois ela poderia mandar alguém matá-lo para roubar", detalhou o delegado.
O dia do crime
Assim que retornou para sua casa, Mariana procurou Gonçalves, que já passou oito anos preso por furto, roubo e receptação, para acompanhá-la no crime. No dia anterior, os suspeitos foram até o sítio e ficaram perdidos na ida, porém, na volta marcaram com sacos plásticos o melhor caminho para a fuga. "Na reconstituição eles mostraram que chegaram ao sítio com a moto desligada, taparam os rostos e chegaram até a jogar um pedaço de carne para despistar o cachorro. Eles planejaram tudo, só não contavam que a família iria lá no mesmo dia e levaria todo o dinheiro para a cidade", disse Noronha.
Após render o idoso e amarrá-lo, Gonçalves começou a procurar pelo dinheiro em toda a casa, com Mariana apontando uma espingarda calibre 12 para o idoso, sem falar uma palavra para não ser reconhecida. "Após constatarem que não tinha nada, o comparsa dela saiu para buscar a moto, que foi estacionada um pouco longe. Enquanto ele caminhava em direção, ao veículo, Maria o chamou e imediatamente foi reconhecida pelo aposentado. 
"Ele disse 'Mariana, é você? Porque está fazendo isso comigo? Eu gosto tanto de você', nas palavras da própria suspeita, que apenas mandava que ele ficasse quieto", contou o policial. Foi então que o senhor se movimentou para trás e Mariana acabou efetuando o disparo em suas costas. Durante a reconstituição, a suspeita ainda afirmou que também caiu com o impacto da arma e imediatamente começou a chorar junto ao corpo. 
Conforme o delegado Noronha, o relacionamento da jovem com o idoso era de conhecimento da família, sendo que a vítima chegou a levá-la em uma viagem à cidade de Aparecida do Norte, em São Paulo. A dupla foi indiciada por latrocínio e pode pegar de 20 a 30 anos de prisão além de multa. 

Perito criminal brasileiro ajuda a identificar vítimas do vôo da Malaysia Airlines

Malaysia Airlines Perito criminal brasileiro ajuda a identificar vítimas do vôo da Malaysia AirlinesJá está na Ucrânia o perito criminal da Polícia Federal (PF) Carlos Eduardo Carvalho Machado que irá ajudar a identificar as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines, que foi abatido por um míssil e caiu matando 298 pessoas no último dia 17/7.
Machado é membro do Grupo Especializado em Identificação e Vítimas de Desastres (DVI) do Instituto Nacional e Criminalística da Polícia Federal e integra a equipe de especialistas da Interpol que foi enviada para a região de Donetsk onde ocorreu o desastre.
De acordo com a Divisão de Comunicação Social da PF a entrada da Interpol e da PF no caso se deu a pedido das autoridades ucranienses a fim de que que a identificação dos corpos seja feita com base em metodologia reconhecida pela comunidade internacional.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Polícia reconstitui morte de idoso em MG encontrado com santo nas mãos em Samonte


Crime em Santo Antônio do Monte foi cometido pela 'namorada' da vítima.
Foto da mulher que confessou tiro também estava nas mãos do idoso.



Anna Lúcia SilvaDo G1 Centro-Oeste de Minas
Criminoso vão responder por latrocínio (Foto: Polícia Civil/ Divulgação)Criminoso vão responder por latrocínio
(Foto: Polícia Civil/ Divulgação)
Uma equipe da Polícia Civil realizou na manhã desta terça-feira (22) a reconstituição de um crime que chocou o município de Santo Antônio do Monte em junho. Segundo o delgado responsável pelo caso, Rodrigo Noronha, um casal matou um idoso de 73 anos com um tiro nas costas, após tentarem roubar R$ 14 mil que ele guardava em casa. O idoso morreu segurando um santo e com uma foto da jovem de 18 anos, suspeita do crime, com quem ele mantinha relacionamento há um ano. Segundo o inquérito, ela teve apoio do namorado de 33 anos no crime.
A vítima foi encontrada no dia 6 de junho dentro da casa onde morava em uma zona rural, que fica a cerca de 30 quilômetros de Santo Antônio do Monte. Na ocasião, segundo a Polícia Militar (PM), ele estava com perfurações de arma de fogo nas costas e com as mãos amarradas. O casal foi preso 41 dias depois da ação.
Ainda segundo o delegado, a suspeita mora em Lagoa da Prata e passava os fins de semana com o idoso. "Ela esteve com ele no fim de semana e viu que guardava em casa cerca de R$ 14 mil. Foi quando ela retornou à residência com o namorado para roubar o dinheiro, que por sinal, não estava mais lá", disse.
Detalhes do crime
A reconstituição durou duas horas e o casal deu todos os detalhes do crime. Segundo informações dos dois, eles foram até a zona rural um dia antes do crime para conhecerem o caminho. No dia do latrocínio eles chegaram na moto e desligaram a chave para não fazer barulho. "Ela sabia que na casa tinha um cachorro, então desligaram a moto e em seguida deram um pedaço de carne ao cão para que ele não latisse, foi quando bateram na porta e o idoso atendeu", contou o delegado.
Casa onde ocorreu o crime fica a 30 quilômetros de Santo Antônio do Monte (Foto: Polícia Civil/ Divulgação)Casa onde ocorreu o crime fica a 30 quilômetros de Santo Antônio do Monte (Foto: Thiago Carvalho/ Divulgação)
Foi então que o namorado da jovem rendeu a vítima e amarrou as mãos dele com cordas que estavam no local. Enquanto o suspeito procurava pelo dinheiro a jovem ficou tomando conta do idoso, segurando uma espingarda calibre 12.
Idoso segurava uma foto da criminosa e um santinho (Foto: Thiago Carvalho/Divulgação)Idoso segurava uma foto da criminosa e um
santinho (Foto: Thiago Carvalho/Divulgação)
Em determinado momento, a vítima retirou do bolso do idoso um santo e uma foto plastificada dela. "Durante a ação ela gritou com o namorado e foi quando o idoso reconheceu a voz. Ele ficou espantado em saber que se tratava dela e então começaram a discutir e ela mandou que ele calasse a boca. A discussão continuou e a suspeita atirou nas costas da vítima, que morreu no local", contou o delegado.
Em seguida os dois fugiram com a moto sem levar nada, pois não encontraram o dinheiro. "Foi um crime realmente chocante, pois ele tinha um carinho por ela, inclusive morreu com a foto dela nas mãos e ela confessou friamente cada detalhe", lamentou.
Os dois presos vão aguardar julgamento e irão responder por latrocínio. O homem de 33 anos já cumpriu pena oito anos e tem passagens por furto, roubo e receptação.