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sábado, 4 de junho de 2011

As "SS" do Governo do Rio atacam mulheres e crianças filhas dos irmãos políciais.

Os "herois" do BOPE atacam mulheres e crianças filhas e esposas dos seus colegas Bombeiros.

 Mulher afirma ter testemunhado aborto durante operação do Bope


Mulher de bombeiro fala sobre momentos de tensão

Comandante da PM admite armamento letal durante invasão, mas nega seu uso
 Cápsula de fuzil é encontrada em quartel após confronto no Rio

Após uma noite inteira de negociações para que os cerca de dois mil bombeiros deixassem o quartel Central do Corpo de Bombeiros, no Centro do Rio, tomado na noite de sexta-feira (3) em protesto por aumento de salários, a tropa de Choque da Polícia Militar e também policiais do Bope invadiram o quartel por volta de 6h10 da manhã deste sábado (4).



Os policiais usaram bombas de efeito moral e bombás de gás lacrimogêneo. Pelo menos duas crianças sofreram intoxicação devido ao gás e dois adultos tiveram ferimentos leves na cabeça, por conta das bombas de efeito moral que foram lançadas pelo Bope.
Governador
O governador do Rio, Sérgio Cabral, está reunido na manhã deste sábado (4) com o vice-governador, Luiz Fernando Pezão e o secretário de segurança de pública, José Mariano Beltrame, entre outras autoridades, após a prisão dos manifestantes que invadiram o quartel.
Após a reunião, Cabral deve dar uma coletiva à imprensa falando da crise na corporação que já dura mais de dois meses.
Os bombeiros que foram presos começaram a ser levados do quartel Central às 8h deste sábado. Eles foram levados para o Batalhão de Choque da PM, também no Centro do Rio. A PM irá fazer uma triagem com os bombeiros.
Reivindicações
O Cabo Benevenuto Daciolo, porta-voz do movimento, explicou que entre as reivindicações estão piso salarial líquido no valor de R$ 2 mil e vale-transporte.
“Nós temos o pior salário da categoria no país, que é de R$ 950. Estamos há dois meses tentando negociar com o governo, mas até agora não obtivemos resposta. Nosso movimento é de paz e estamos em busca da dignidade. Não vamos recuar até que haja uma solução. Queremos um acordo, queremos que o governador se pronuncie”, disse o porta-voz.
O comandante do Batalhão de Choque, coronel Waldir Soares, sofreu fratura em uma das mãos e teve o joelho lesionado durante a invasão dos manifestantes. As informações foram confirmadas pela Polícia Militar (PM). Segundo a PM, ainda não há informações sobre quem seja o responsável pelas agressões.
Após a invasão e durante a madrugada, os manifestantes se alimentaram com o estoque de comida da cozinha do quartel. Eles consumiram pães, queijos, frutas e sucos.
Negociação dentro do Quartel Central dos bombeiros (Foto: Rodrigo Vianna/G1)Negociação dentro do Quartel Central dos bombeiros (Foto: Rodrigo Vianna/G1)

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