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sábado, 18 de junho de 2011

Saga do desentendimento e da reconciliação entre Peritos e Investigadores.

Dra. Celene Perita Criminal e Diretora do Sinpol em Pouso Alegre.
Tudo começou com o movimento pela Valorização da Polícia Civil de Minas, lançado pelo Sindpol que é o Sindicato que representa todas as categorias da Policia. Este movimento buscava pressionar o Governo de Minas por uma maior valorização das carreiras da PC Mineira.


Depois de convidar por diversas vezes a entidade que representam Peritos, eles não se dispuseram a participar  da pauta de reivindicações que seria apresentada ao Governo, isso antes da eleição. Depois de conversar com o Sindepo, que é o Sindicato exclusivo dos  Delegados de Minas, foi elaborada uma pauta de reivindicações na qual, entre outros pontos reivindicava-se a equiparação dos vencimentos entre Investigadores e Peritos e o de Delegado com Defensor Público.

Os Investigadores que recebem em torno de 2 mil reais, reivindicavam passar a receber o vencimento inicial do Perito sem os 40% de adicional, cerca de 5 mil reais.

O que parecia ser uma reivindicação justa, foi mau interpretada por muitos e transformada em um cavalo de batalha pelos Presidentes  passar ada Acemg e Sindpecri que diziam que o que os Investigadores queriam era reduzir o vencimento doo Perito.

A briga

Experidiao Porto e outros Diretores do Sindpol
Passada a eleição com a reeleição do Governador os representantes sindicais começaram a cobrar os compromissos assumidos pelo então candidato ao Governo. Como as reivindicações não foram atendidas, iniciou-se o movimento grevista.

Assustado com a força do movimento, o Governo ordenou que as entidades que representavam as categorias fossem convidadas pelo Chefe de Polícia para uma reunião de negociação.

O Caldo entornou.

Para a surpresa dos representantes do Sindpol, e Sindepo, os Presidentes da Acemg e Sindpecri se posicionaram contra o movimento, sem ouvir suas bases disseram ao Chefe de Policia que os Peritos eram contra o movimento por melhores salários do Sindpol. Isso despertou uma rivalidade sem precedentes.

Até mesmo a PM, que é historicamente contrária as aspirações da PC em Minas, colocou-se na mesa de negociações, seus representantes se sentaram com o Sindpol e uma estrategia conjunta foi traçada, culminaria em uma grande manifestação das duas polícias pelas ruas da capital mineira .

Esta possibilidade provocou arrepios no Governo de Minas e deixou os negociadores governamentais em pânico. A pressão acabou surtindo efeito e levando-os a propor na manhã do dia da manifestaçãoa conjunta, uma proposta de aumento escalonado de 101% de reajuste até 2015.

Esta proposta que acabou sendo aceita por parte da PM, mas gerou também um grande racha naquela instituição.
Os Policiais Militares acusaram seus lideres de traição e grandes feridas foram abertas dentro também daquela instituição. Passaram a "lavar a roupa suja" em publico o que culminou em todo  tipo de insultos entre os que aceitaram e os que achavam que algo melhor poderia ter sido alcançado. 

Afago em troca de nomeação.

Soube-se depois que os Presidentes do Sindpecri e da  Acemg tentavam agradar à cúpula da Polícia na esperança que o Presidente da Acemg, fosse indicado para Diretor do Instituto de Criminalística, o que acabou não acontecendo.

O Sindpol, que possui em seus quadros centenas de Peritos Criminais, apoiou a indicação do atual Diretor, o Perito Abood para o cargo de Diretor, isso despertou ainda mais a ira dos dois Presidentes das entidades  Sindpecri e Acemg que foram preteridos por aquele que afagaram no Governo. Eles não tiveram sua aspiração  atendida e ainda saíram chamuscados do episódio. Depois do ocorrido passaram a encarar os dirigentes do  Sindpol como inimigos.


Retaliação.

Irados com a postura dos dirigentes da Acemg e Sindpecri, alguns grupos de Investigadores solicitaram a publicação de várias notas de repudio, ao que diziam ser o posicionamento dos Peritos a quem chamavam de "Arianos".
Dai pra frente as divergências s e aprofundaram e tomaram proporções inimaginaveis progredindo para insultos de toda a especie.

O posicionamento de confronto foi fomentado pelos Presidentes da Acemg e do Sindpecri e encampado por alguns Peritos novatos. Por outro lado Peritos mais experientes passaram a buscar uma reconciliação.

Uma das vítimas deste confronto foi o próprio Presidente do Sindpecri Wilton Sales que, a muitos anos era lotado Departamento de Tòxicos, onde existe uma pequena Seção de Pericias, Wilton teve de abandonar seu trabalho por vários dias devido as hostilidades  e acabou expulso do local pelos Investigadores e Escrivães. Ele teve de se abrigar em um lugar onde há poucos Investigadores, o Instituto de Criminalistica de Belo Horizonte.

Contra a greve.

Depois que, em uma assembleia, que contou com a presença de todas as categorias da Policia Civil, foi decretada a greve mais uma surpresa , mais uma vez as entidades dos Peritos se opuseram ao movimento.

Essa atitude fomentou ainda mais as hostilidades entre as categorias, e  foi a primeira vez que uma entidade não reivindicou nada para seus associados. Sem reivindicar nada para os Peritos as entidade só apresentaram a reivindicação de que não fosse concedidos aos Investigadores o aumento salarial pretendido, ai o caldo entornou de vez. Isso soou como uma declaração de guerra entre as categorias, dai pra frente, por toda Minas Gerais peritos passaram a ser hostilizados por Investigadores e Escrivães e alguns Peritos passaram a tratar de forma preconceituosa os outros membros da Policia. Investigadores afirmavam que iriam chamar os Peritos para todas as ocorrências e os Peritos afirmaram que os Delegados também iam ter de ir pois sua presença estaria determinada do Código de Processo Penal. A situação ficou crítica.

Mesmo não reivindicando nada para sua categoria, os representantes da Acemg e Sindpecri acabaram apoiando o reajuste concedido pelo Governo depois de muita pressão da PM e do Sindpol, de carona os representantes da Acemg  e Sindpecri afirmaram em reunião com a Chefia de Polícia que concordavam com o indice mesmo não tendo brigado por ele.

Usados pelo Governo.

Espertamente enxergando ali um  racha na categoria,  o Governo passou a usar e fomentar o racha entre as categorias.
Tentou isolar o Sindpol em suas pretensões, mas quando viram que a PM viria junto aceitaram negociar.

O Sindpecri e Acemg  conseguiram arrebanhar o apoio dos jovens Peritos novatos, disseminado a ideia de que a Investigadores queriam ganhar igual aos Perito e que isso significaria uma desvalorização para a categoria.
Na verdade o que os Investigadores reivindicam é que passem a recceber o salario base dos Peritos sem os 40% de risco de contagio.

Reunião no IML.

Depois da denuncia feita pelo Perito Experidião Porto, que é filiado na Acemg a 19 anos, de que as entidades dos Peritos não haviam feito uma assembleia para conhecer a posição dos Peritos,  foi convocada uma reunião que contou com a presença de muitos Peritos até então todas as decisões estavam sendo tomadas unilateralmente só pelos Presidentes das entidades.
Dr. Roberto Simão Ex Presidente da Acemg, líder resposnsaveus pelos 40% de risco de contagio.
Lá deliberaram sobre os posicionamentos a serem adotados pela categoria.

Conciliação.

Preocupados com a dimensão que a coisa tomou, sendo que a rivalidade entre as carreiras passou a colocar em risco até mesmo a integridade fisica dos Policiais e Minas, o Perito Experidião Porto e Roberto Simão, ex presidente da Acemg, propuseram uma reunião para tentar acalmar os ânimos e propor um armísticio .

Na reunião desta sexta (17), a propostas dos Peritos conciliadores foram aceitas e apoiadas por unanimidade pelo Conselho Deliberativo do Sindpol.

Desta forma o Sindpol se comprometeu não divulgar em seu site nenhuma manifestação ofensiva a nenhuma categoria categoria da Polícia Civil.

O Perito Experidiao Porto desabafou "nunca imaginei que o trabalho de bombeiro fosse tão difícil, não sabia  que houvessem tantos incendiários. O pior é que temos de apagar o incêndio das vaidades recebendo as pedradas de um grupo de meninos, dureza viu!"

 Que a paz volte a reinar.

Veja os vídeos da reunião.

6 comentários:

  1. Bom... e agora?? os peritos apoiam o movimento do SINDPOL???

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  2. Melhor aguardar a definição da ACEMG e do SINDPECRI, pois houve somente a manifestação dois peritos da "cúpula do SINDPOL" e do Roberto Simão, cuja atividade profissional é mais adstrita à seara política do que a policial.
    Assim, ainda não há legitimidade do apoio.

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  3. Boa pergunta... e agora... os Peritos apóiam o movimento dos Investigadores e Escrivães, mesmo sabendo que o salário liquido dos Investigadores e Escrivães sera menor do que os dos Peritos(40% risco de contagio)

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  4. O Sindipilantras(sete filiados ) , não me representa , e o sindipol de mais de 100 peritos filiados , qual sindicato tem mais representatividade para o governo ?

    agradecemos ao ROBERTO SIMÂO por recebermos hoje o risco de contagio , pois a sua maneira de agir passa bem longe dos pilantras que estão se intitulando defensores dos peritos.

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  5. Eu juro que gostaria de entender , defender o peritos de que ?

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  6. "Roberto Simão, cuja atividade profissional é mais adstrita à seara política do que a policial"

    Com certeza quem escreveu esta besteira , foi um dos mebros da dupla "sujo e o mal lavado" .Pois é pra voces é muuuuito dificil entender , que alguem seja inteligente o suficiente para obter ganhos para uma categoria , e abandonar seus interesses pessoais . Voces nuuuunca vão entender o que significa isso .Os peritos de MG devem agradecer todos os dias pelo sei risco de contagio , e se lembrar sempre deste nome ROBERTO SIMÃO .

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