Felipe Pedrosa
enviado especial
Pompéu. A máxima "faça você mesmo" foi o ponto de partida dos foliões em Pompéu, na região Central. Sem grandes nomes de repercussão nacional entre as atrações do Carnaval deste ano, os foliões cuidaram de criar a própria trilha sonora da folia. Só ontem, no segundo dia oficial do Carnaval, pelo menos dez veículos equipados com sons poderosos circulavam pela cidade. A praça Leonardo Campos, no centro de Pompéu, era o ponto obrigatório de parada da galera.
Dos alto-falantes, vinha de tudo: funk, axé e pagode, ritmos que fizeram a mulherada dançar em cima dos carros e rebolar até o chão. "Hoje o perfil do Carnaval é esse. Músicas para todos os gostos", disse Carol Abdo, 31, foliã de carteirinha. Ela levou 28 belo-horizontinos para curtir o Carnaval na cidade.
Mas não só os mineiros tomaram conta de Pompéu, que fica a 170 km da capital. Paulistas, cariocas e brasilienses se esbaldaram embalados pela miscelânia de sons. "Eu e mais 16 pessoas viemos de Brasília. Foram mais de oito horas de estrada", contou Pedro Bonfim, 24, que ontem desfilava pelas ruas da cidade com uma nada discreta samba-canção. "Isso ajuda a pegar a mulherada", ensinou.
A ousadia, entretanto, perdeu para a homenagem ao cantor Wando, que serviu de inspiração para dois grupos de amigos. Eles usaram máscaras com foto do cantor e distribuíram adesivos com o trecho da música "Fogo e Paixão". A mulherada adorou. Uma chopada com trilha sonora da banda de pagode Jeito Moleque levou o público à loucura. No meio de tanta farra e pegação, o americano Matt Philbin caiu na folia levado por um grupo de amigos brasileiros.
Há seis anos, Pompéu assistiu ao Carnaval minguar. Foram quatro anos sem festa e sem os turistas que hoje chegam a deixar gastar R$ 20 milhões nos quatro dias de folia, de acordo com a Secretaria de Turismo e Cultura. Segundo a prefeitura, 30 mil pessoas estão em Pompéu desde sexta-feira.
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