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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Falta atendimento para 40 mil.

Falta atendimento para 40 mil.
Fonte: O Tempo
Negociações. Por votação de Lei Orgânica, categoria ocuparia plenário da Assembleia ontem, mas respeitou ambiente onde era velado corpo do vice-presidente da Casa
Cerca de 40 mil atendimentos deixaram de ser feitos somente em Belo Horizonte desde o início da greve da Polícia Civil, que já dura dois meses. A estimativa é do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol-MG). Nesse período, os serviços mais afetados foram intimações, oitivas, vistorias de veículos e emissão de relatórios sobre a vida pregressa de suspeitos. A entidade afirma que apenas 30% do efetivo continua trabalhando nas delegacias em Minas e que só os casos relacionados à Lei Maria da Penha, ao Estatuto da Criança e do Adolescente e que envolvem idosos são atendidos.
O presidente da entidade, Denílson Martins, diz que, com a paralisação, algumas cidades tiveram que apelar para outros meios para que o trabalho não fosse afetado. “O que temos são improvisos, principalmente no interior. Nós temos registros de cidades que estão utilizando servidores municipais, sem qualificação profissional, para atender a população como se fossem policiais. Desarmados, estão intimando marginais, colocando a vida em risco. Isso é um erro grave”, alega.
A Polícia Civil nega que tenha ocorrido qualquer comprometimento do trabalho de investigação policial ou do atendimento ao público. Em nota, o órgão classificou o movimento organizado pelo Sindpol como uma paralisação pontual, promovida por apenas uma das nove entidades representativas dos policiais civis em Minas. Segundo o texto, “delegados, escrivães, peritos criminais e servidores administrativos trabalham normalmente em todo o Estado”.
Déficit. No entanto, diretores de delegacias regionais confirmam a versão do sindicato. Em Divinópolis, na região Centro-Oeste, os reflexos da paralisação foram sentidos no trabalho de vistoria de veículos. “Antes eram feitas 130 vistorias por dia, agora esse número não chega a 60. Para ser atendidos, alguns proprietários dormem dentro dos carros, na fila, para conseguir pegar a senha distribuída pela manhã”, relata o delegado Experidião Porto, diretor da regional.
O dono de uma autoescola na cidade conta que outras atividades também estão mais lentas. “Estávamos com cerca de 15 exames de direção com duas semanas de atraso, e recebi telefonemas de outras autoescolas que tiveram o mesmo problema. A polícia não falou para a gente que era por isso, mas atrasos eram raros antes”, conta Ulisses Valadares, 33.

Em Ipatinga, no Vale do Aço, apenas 20 identidades são emitidas por dia, frente às 60 que eram confeccionadas antes da greve, segundo o sindicato. Já o setor de vistoria de veículos, que operava em dois turnos, agora atende apenas pela manhã.

Segurança Pública

Atraso em inquéritos é ‘lado perverso’

Cerca de 120 mil inquéritos aguardavam investigação nas delegacias de Minas, segundo estimativa feita pelo sindicato dos servidores da Polícia Civil em junho, antes da greve. A categoria não tem o número de processos que se acumularam devido à greve.
Para o pesquisador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Frederico Couto, os efeitos dos acúmulos de inquéritos são mais dramáticos nos casos de crimes contra a vida. “A chance de se elucidar um homicídio, por exemplo, passa a ser quase nula. Isso gera efeito cascata, pois os crimes que estão sendo cometidos agora também não são investigados, atrasando os que já estão na fila. Para a população, esse é o lado perverso (da greve)”, avalia.
Já a corporação afirma que, mesmo se os serviços estivessem funcionando normalmente, o número de inquéritos acumulados continuaria a crescer. Em Lavras, no Sul, por exemplo, cerca de 7.000 processos seguem parados por falta de efetivo, segundo o sindicato. Já em Ipatinga, no Vale do Aço, mais de 500 processos foram arquivados pelo mesmo motivo. Dados da capital não foram informados. (AL)



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