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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Bom Despacho demite seus lixeiros


Profissionais protestaram com medo de ficar sem o 13º salário no acerto. 
Prefeito Fernando Cabral diz que o processo é gradativo.

Do G1 Centro-Oeste de Minas
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Profissionais contratados e familiares se reuniram na porta da Prefeitura (Foto: Rosemberg Rodrigues de Castro/G1)Contratados e familiares se reuniram em protesto
(Foto: Rosemberg de Castro/Arquivo Pessoal )
Foram demitidos no início desta semana pela Prefeitura de Bom Despacho, 19 profissionais contratados que trabalhavam  no setor de Coleta de Lixo e Limpeza Pública. Segundo informações do prefeito Fernando Cabral, as demissões fazem parte de um processo gradativo de terceirização desses serviços no município. "De imediato foram demitidos 19, mas essa terceirização será realizada também na parte de capina, varrição e limpeza pública. Ainda devem ser demitidos cerca de 80 profissionais que eram contratados", explicou. 

Por email, o G1 recebeu uma denúncia de que a demissão dos servidores teria relação com o protesto na porta da Prefeitura em busca de garantias. A reportagem ligou para o internauta e ele, que não quis ter a identidade revelada, contou que a demissão causou preocupação entre alguns envolvidos, pois os trabalhadores temiam ficar sem o 13º na hora de fazer o acerto. Contudo, esta hipótese foi negada pelo prefeito, que informou que a decisão da terceirização foi pensada desde o início da gestão e não tem qualquer relação com o protesto ocorrido na porta da Prefeitura nesta segunda-feira (25), e sim com o custo elevado em manter o serviço da forma como está. "Os caminhões compactadores não estão funcionando direito e é uma saída mais viável. Ontem tivemos um pequeno transtorno, mas hoje o serviço de coleta e limpeza já está normalizado. Estamos fazendo um grande esforço para manter tudo em dia. No carnaval, que na cidade é concentrado em determinado ponto, já montamos um esquema de limpeza", explicou.
Valdomiro Firmino da Silva, de 48 anos, é pai de seis filhos é um dos demitidos. Ele fazia o serviço de coleta de lixo há dois meses na Prefeitura. Segundo ele, a forma como a demissão foi realizada e a falta de garantias é o que preocupa. "Hoje chegamos para trabalhar e tivemos que ouvir que os contratados podiam todos irem embora. Fomos orientados a procurar a Prefeitura para que tivéssemos nossos direitos garantidos. O que queremos é que nos seja dada uma garantia por escrito de que vamos receber tudo o que nos é devido, inclusive o 13º salário. Recebemos o apoio de vereadores e até advogados", comentou.
Valdomiro disse ainda que o trabalho de coleta é perigoso e que um colega chegou a machucar a mão. "Existe o risco de cortes, tem muitos cacos de vidro, materiais cortantes, a gente deveria até ter gratificações", relatou.
Ainda sobre o protesto e o 13º salário, Fernando Cabral afirmou que os demitidos acreditavam que não receberiam no acerto e que por este motivo fizeram a manifestação. De acordo com o prefeito, o boato surgiu por meio de uma servidora. "Ela se baseou na lei, e como eram contratos temporários não havia necessidade de pagar o 13º. No entanto, existe uma lei municipal que exige que no caso de contratados temporários da Saúde esses valores são devidos. Esses profissionais não se enquandram nessa lei municipal, mas numa medida de isonomia, vamos estender esse benefício a eles, portanto receberão o 13º junto com o acerto", afirmou.

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