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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Delegados decidem em Congresso que Investigador não pode ter a mesma remuneração do Perito e este não pode ser remunerado como Delegado

Pelo visto, não é a apenas a forma de tratamento que mudará na cabeça dos delegados. Essa é a visão dos Delegados que será exposta no Congresso em abril de 2014.
Na visão deles, não passamos de auxiliares:
“o Delegado de Polícia conta com o apoio de auxiliares, seja para as atividades cartorárias (escrivão de polícia), seja para atividades de campo e análise (agente de polícia), seja para atividades técni­cas e científicas (peritos e papiloscopistas de polícia).”

Também devemos receber menos que eles:

“Conforme deliberado em item acima, conclui­-se que os peritos são auxiliares dos Delegados na atividade de Polícia Judiciária. Desta forma, é insustentável que recebam a mesma remunera­ção (subsídio) daqueles a quem auxiliam. Por sua vez, as atividades desenvolvidas pelos peritos são de maior complexidade às desenvolvidas pe­las outras carreiras auxiliares, justificando que recebam remuneração superior aos escrivães, agentes e papiloscopistas.”


E querem que os peritos fiquem dentro das delegacias, querem a extinção dos institutos, pois os peritos não passam de auxiliares:

“Enfrentou-se, ainda, a função da atividade pe­ricial na investigação criminal, chegando-se à conclusão que os exames laboratoriais e técnicos são meras atividades do processo investigativo e, portanto, integrantes da investigação criminal, conduzida pelo Delegado de Polícia Federal (item 1.4.11). Assim, os peritos devem estar lotados pre­ferencialmente nas delegacias e não em núcleos próprios vinculados ao Superintendente Regio­nal, com exceção dos laboratórios especializados, os quais devem estar vinculados ao Diretor de Investigação Criminal, em âmbito central, e ao DRCOR, em âmbito regional.”


9 comentários:

  1. Boa tarde. Por favor, onde e quando foi esse Congresso? Quem participou dele? Tem a fonte dessa notícia? Nos autoriza a publicar em www.sipol.com.br? Muito obrigado. Fábio.

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  2. Parabéns pela exposição da matéria e irei reproduzi-la apontando a fonte. Os delegados, agora por lei, se tornaram os únicos investigadores da Polícia. O resto, e auxiliar mesmos! O nosso sindicato ( www.sindetipolminas.org ) lutou contra isso, mas, as articulações dos Delegados junto ao congresso e senado, é grande. E foram vitoriosos em 2013. Aliás, antes já eram os tais e nós os auxiliares, além dos pelegos. Hoje, isso é por lei. Eles são quietos, trabalham calados, são organizados e conseguem sem fazer barulhos. Sem falar que grande parte são da religião maçônica, infiltrada no poder e dados aos conchavos. Saudações.

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    1. Falou verdades, mas devia ter parado nos barulhos. Maçonaria não é religião. Sou Investigador de Polícia, Católico praticante e Maçom, com orgulho. Conheço muitos colegas investigadores e escrivãs que são maçons. O erro já começa em achar que algumas coisas só são conseguidas por Delegados. A diferença é que eles defendem a própria classe e a gente fica na inércia ao invés de se valorizar.

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    2. Pena que o Sindetipol não tem tido a valorização que os Investigadores de Polícia deveriam dar a ele, nós investigadores somos uma classe sem representatividade, o Sindpol, infelizmente e o sindicato de todos, inclusive de Delegados, e não representa como deveria os investigadores de policia, que sem representantes, já tiveram a propria nomenclatura do cargo mudada diversas vezes, sem contar no agrupamento de várias outras carreiras na de Investigador, fazendo com que isso enfraquecesse a categoria, pois estas ações demonstram a fragilidade do cargo bem como a falta de um sindicato que brigasse pelos interesses dos Detetives, que foram execrados pelo Estado, com uma incrível desvalorização, pois ao se admitir que várias pessoas entrassem na carreira sem sequer passar por meia hora de treinamento na Acadepol, foi o mesmo que dizer que nosso cargo é irrelevante e que sequer precisa de treinamento, e o Sindpol aceitou tudo calado, as custas de esmolas de adiquirir mais alguns filiados, a PC tem disso, cada um olha para o seu umbigo menos os investigadores que fazem o trabalho pesado, tem que ouvir que não podem ganhar igual a perito, parecendo que no processo penal existe prova mais importante que outra. Queria saber se Perito prende alguem em flagrante com a prova do crime, pode até acontecer em raríssimas exceções, gostaria de saber se as fotos tiradas de vítimas de homicídio indicam o autor de crime. O investigador que não caia no campo e localize o autor para ver se o IP vai a algum lugar. E depois temos que ouvir que delegados estão discutindo uma asneira desta em congresso, deveriam estar preocupados com coisas mais importantes do que falar besteiras, pois a segurança pública está exigindo isto deles.

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    3. O erro começa em escrever delegado com D maiúsculo.

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  3. Em poucas palavras, muitas contradições...Vejam que o texto diz "Por sua vez, as atividades desenvolvidas pelos peritos são de maior complexidade às desenvolvidas pe­las outras carreiras auxiliares"...Mais abaixo do texto está escrito "..chegando-se à conclusão que os exames laboratoriais e técnicos são meras atividades do processo investigativo e, portanto, integrantes da investigação criminal"..Ora, na primeira frase eles dizem que as atividades dos peritos são de maior complexidades ás desenvolvidas pelos EPAs, e logo em seguida afirmam que não há muita complexidade nas atividades dos Peritos ao afirmarem que estas são MERAS atividades do Processo investigativo...Quanto ás comparações de atribuições realizadas por Delegados e EPAs, será que algum Delegado de Polícia poderia informar-me sobre o nome do equipamento utilizado para se auferir o grau de complexidade? Pois, eu gostaria de saber se a busca de conhecimento, montagem de quebra-cabeças, participações em tiroteios e trabalho específico de inteligência são realmente menos complexo do que ficar o dia todo com a bunda na poltrona Instaurando Portarias.

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  4. Em poucas palavras, muitas contradições...Vejam que o texto diz "Por sua vez, as atividades desenvolvidas pelos peritos são de maior complexidade às desenvolvidas pe­las outras carreiras auxiliares"...Mais abaixo do texto está escrito "..chegando-se à conclusão que os exames laboratoriais e técnicos são meras atividades do processo investigativo e, portanto, integrantes da investigação criminal"..Ora, na primeira frase eles dizem que as atividades dos peritos são de maior complexidades ás desenvolvidas pelos EPAs, e logo em seguida afirmam que não há muita complexidade nas atividades dos Peritos ao afirmarem que estas são MERAS atividades do Processo investigativo...Quanto ás comparações de atribuições realizadas por Delegados e EPAs, será que algum Delegado de Polícia poderia informar-me sobre o nome do equipamento utilizado para se auferir o grau de complexidade? Pois, eu gostaria de saber se a busca de conhecimento, montagem de quebra-cabeças, participações em tiroteios e trabalho específico de inteligência são realmente menos complexo do que ficar o dia todo com a bunda na poltrona Instaurando Portarias.

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  5. Bem feito. Na Polícia Federal o cargo de perito é o mais covarde, não se posiciona, sempre inerte, na aba dos delegados. A pernada que todos diziam que eles iam levar está perto de acontecer. Depois não venham se juntar aos EPAS pois não ombreamos com covardes. Com o número reduzido de vcs vai ser difícil fazer zoada e conseguir alguma coisa.

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  6. Delegado não é investigador e sim vice presidente de inquérito. Sindpol e sindeti ou sei lá o que é isso, é uma perda de tempo gigantesca. Só querem a contribuição sindical e não tem voz alguma. Perito é tudo preguiçoso, querem abraçar tudo mas são iguais ao pato, são
    polivalentes, nadam, andam e voam, mas fazem tudo muito mal devido a preguiça e falta de aptidão.

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