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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Policiais civis matam colega que investigava tráfico em Betim.

A Corregedoria da Polícia Civil ainda apura as circunstâncias do crime, mas tudo indica que os atiradores estavam fazendo escolta dos traficantes e receberiam a propina. O investigador baleado participava de uma operação contra o tráfico


Publicação: 26/09/2014 11:00 Atualização: 26/09/2014 11:25

O Fiat Stilo ficou com marcas de disparos após troca de tiros entre os policiais no Bairro Capelinha, em Betim
Dois policiais civis, lotados na 8ª Delegacia Especializada de Homicídios de Betim, foram autuados em flagrante pela morte do investigador Clenir Freitas da Silva, da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Betim. Freitas foi assassinado a tiros no fim da noite de quinta-feira quando participava de uma operação contra o tráfico de drogas, no Bairro Capelinha.

Os suspeitos, Lucas Menezes Meireles e Luno Eustáquio Costa Campos, estão presos na Casa de Custódia da Polícia Civil, na Região Leste de BH, onde permanecerão à disposição da Justiça.

Freitas estava junto com um delegado do 1º DP de Betim em uma Kombi. O veículo estava estacionado no Bairro Capelinha para que os policiais, em campana, observassem o movimento de suspeitos na região. No local, recentemente, houve um duplo homicídio que também era investigado. Os policiais decidiram abordar um suspeito de tráfico que carregava um malote perto de um trailer. Descobriram que no pacote havia R$ 20 mil.

Enquanto se concentraram na abordagem, foram surpreendidos por homens armados que chegaram em um Fiat Stilo de cor amarela. Os homens se aproximaram e atiraram contra Freitas e o delegado. Entre os atiradores estavam os policiais Lucas e Luno. O Stilo pertence, inclusive, à delegacia onde trabalham. 
Houve troca de tiros e o investigador Freitas acabou baleado. Ele chegou a ser levado para a Unidade de Socorro Intensivo (Uai), no Bairro Teresópolis, mas morreu ao dar entrada. O delegado conseguiu se esconder atrás da Kombi e não foi atingido.

A Corregedoria da Polícia Civil ainda apura as circunstâncias do crime, mas tudo indica que Lucas e Luno estavam fazendo escolta dos traficantes e receberiam a propina de R$ 20 mil. Após a troca de tiros, os criminosos fugiram para uma rua sem saída, abandonaram o veículo e entraram em uma mata. Mais tarde, os dois policiais se apresentaram à polícia.

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