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sexta-feira, 1 de abril de 2016

Prefeitura quer despejar familias em Bom Despacho


Três grupos construíram casas de modo irregular em terreno do Município.
Áreas teriam sido vendidas por grileiros, mas ninguém foi preso.

Ricardo WelbertDo G1 Centro-Oeste de Minas
Fiscais e militares durante ação em área invadida em Bom Despacho (Foto: PMBD/Divulgação)Fiscais e militares durante ação em área invadida
em Bom Despacho (Foto: PMBD/Divulgação)
Três famílias que vivem de forma irregular em um terreno que pertence à Prefeitura de Bom Despacho foram notificadas nesta quarta-feira (30) para que saiam do local. Elas, que teriam comprado espaços no imóvel por meio de grileiros, têm 30 dias para deixar as casas.
O Município oferece em troca a doação do chamado "aluguel social", que é dinheiro para que famílias desabrigadas possam alugar moradia. Outra opção é um terreno em área legal, para que construam novas casas. A ação foi acompanhada por policiais militares, mas ninguém foi preso.
Segundo a Prefeitura, o imóvel começou a ser invadido há cerca de quatro meses. Trata-se de uma área de 17.846 metros quadrados no Bairro do Rosário II. Parte do local invadido é área de preservação ambiental permanente.
"Essa parte fica a menos de 30 metros da margem do Córrego dos Machados. Ao todo são nove construções, com três famílias morando. Também já tinham sido feitos sete cercamentos no terreno", informou a Prefeitura de Bom Despacho.
De acordo com o governo local, algumas das pessoas que construíram moradias no terreno foram vítimas de chamados grileiros, que são criminosos que agem de má fé ao vender bens que não pertencem a eles. A Polícia Civil já invetiga o caso. Policiais militares acompanharam os fiscais da Prefeitura durante a ação, mas nenhum suspeito foi preso.
Militares acompanharam ação em área invadida em Bom Despacho, mas ninguém foi preso (Foto: PM/Divulgação)Militares acompanharam ação em área invadida em Bom Despacho, mas ninguém foi preso (Foto: PM/Divulgação)
Destino das famílias
As pessoas que moram no imóvel de forma irregular foram registradas pela Secretaria de Assistência Social. Se elas não deixarem o local no prazo de 30 dais, a Prefeitura deverá encaminhar seus casos à Justiça, que é a instância que deverá decidir como remover os moradores e o que fazer com as casas que eles construíram.
Após a notificação, quatro pessoas já haviam procurado a Secretaria de Assistência Social até a tarde desta quinta-feira (31). Já foi definido que uma das famílias receberá aluguel social e depois uma casa. Os outros casos ainda são avaliados.

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