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quarta-feira, 20 de março de 2019

Prefeito de Pompeu se reúne com outros 16 afetados pelo rompimento da barragem em Brumadinho

Encontro foi realizado com o objetivo de buscar soluções e minimizar os impactos nas cidades; uma comissão foi criada.


Por Marcela Mesquita, MG2

19/03/2019 19h45 Atualizado há 4 horas




Prefeitos de municípios afetados pelo rompimento da barragem em Brumadinho se reúnem em Pará de Minas — Foto: Reprodução/TV Integração



Os prefeitos de 17 municípios que foram afetados pelos rejeitos de lama que atingiram o Rio Paraopeba após o rompimento da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, se reuniram nesta terça-feira (19) em Pará de Minas para buscar soluções e minimizar os impactos nas cidades. Uma comissão foi criada.


Na segunda-feira (18), a Vale assinou um Termo de Ajustamento de Condutas (TAC) com a Prefeitura de Pará de Minas para que a empresa assuma a responsabilidade pela realização de obras que garantam o abastecimento de água do município.


Na ocasião, o prefeito de Pará de Minas, Elias Diniz (PSD), afirmou que o objetivo do encontro “é fazer um alinhamento para que todos possam falar a mesma linguagem e chegar à um TAC de forma amigável com a Vale”.


Nesta terça-feira, para que as soluções sejam encontradas e os impactos minimizados, o prefeito afirmou que foi criada uma comissão para enviar propostas à comissão nacional em Brasília.


“Nós temos em Brasília uma comissão externa que está fazendo todo um trabalho do impacto que aconteceu em Brumadinho. Diante disso, nós vamos apresentar as diretrizes para que nossos municípios possam ser restabelecido naquilo que foi gerado de prejuízo”, afirmou.








Prefeituras afetadas pelo rompimento da barragem em Brumadinho se reúnem em Pará de Minas
MGTV 2ª Edição – Centro-Oeste




Prefeituras afetadas pelo rompimento da barragem em Brumadinho se reúnem em Pará de Minas


Além de Pará de Minas, um dos municípios atingidos pelos rejeitos é Pompéu. De acordo com o prefeito Ozeias da Silva Campos (PRB), a cidade, que é uma das maiores bacias leiteiras de Minas Gerais, tem pelo menos 100 famílias que dependiam diretamente da água do Rio Paraopeba.



“Nós temos uma extensão territorial muito grande. São mais de 2,5 mil km². Nós temos cinco assentamentos e todos esses assentamentos dependem do fornecimento de água pelo município, com os caminhões-pipa. E essa demanda, ela ampliando devido a este crime que aconteceu, o município fica em uma situação bastante difícil para poder atender a todas as essas demandas”, contou.


Análises feitas pela Fundação SOS Mata Atlântica identificaram a presença de metais pesados na água do Rio Paraopeba — Foto: Reprodução/TV Integração



O TAC prevê que a Vale faça a captação de água para o município a partir do Rio Pará. Para tanto, será construída uma adutora de 47 km de extensão. Além disso, será feito um reservatório com, no mínimo, 50 milhões de litros d’água para suprir as necessidades de abastecimento do município durante o período de estiagem.


Segundo o prefeito de Pará de Minas, Elias Diniz (PSD), na segunda-feira os funcionários da Vale foram até o Ribeirão dos Moreiras, na zona rural da cidade, para construir uma canaleta que direcionará a água para um novo reservatório.


A expectativa é que o local esteja funcionando em até 60 dias. Já a adutora deve ser construída até 15 de maio de 2020. De acordo com o prefeito, o descumprimento parcial ou total da TAC implica em uma multa diária de R$ 100 mil à Vale.


Análises

No dia 4 de fevereiro, uma análise feita por uma equipe da Fundação SOS Mata Atlântica confirmou que o Rio Paraopeba estava morto no trecho que corta Pará de Minas.


Para tentar conter os rejeitos, a Vale instalou três barreiras de contenção ao longo do curso do rio na cidade. No entanto, a análise revelou que as barreiras continham apenas 95% dos rejeitos.


No mesmo dia, o prefeito Elias Diniz decretou situação de emergência em Pará de Minas devido aos prejuízos causados pela contaminação da água.


O relatório final das análises feitas pela equipe da Fundação, divulgado no dia 27 de fevereiro, revelou a presença de metais pesados na água do rio e afirmou que a água do rio estava imprópria para consumoem uma extensão de 305 km.

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