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quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Sequestradores ameaçaram cortar o dedo da vitima e mandar para a família em Bom Despacho


Jovem, de 21 anos, foi  em ação coordenada por detentos da Nelson Hungria

Seg, 12coordenado por detentos da penitenciária Nelson Hungria, um jovem, de 21 anos, nascido em Bom Despacho, conversou com a imprensa nesta segunda-feira (12). Com lágrimas nos olhos e voz embargada, ele contou os horrores que viveu enquanto esteve na mão dos sequestradores.

“Eles ameaçaram toda a minha família, falaram que iriam me matar, que se eu não colaborasse, cortariam o meu dedo e enviaram para a minha tia. Quando eu dizia que não iria colaborar, eles apagavam o vídeo (feito para ser enviado para a família) e me forçavam a gravar outro, pedindo para a minha tia agilizar o pagamento”, contou o jovem.

O rapaz foi sequestrado na cidade do Centro-Oeste na manhã de quinta quando dormia na casa de uma tia. O jovem chegou a ficar no poder dos sequestradores por cerca de 36 horas até ser libertado por policiais do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) em conjunto com a equipe de Bom Despacho. Três pessoas foram presas pelo crime, mas a polícia aponta a participação de outras cinco. 

Segundo a vítima, os sequestradores foram até a casa onde ele estava se passando por entregadores de uma encomenda. “Quando eu abri (a porta), falaram pra eu assinar uma entrega para minha tia. Quando olhei para o portão, o rapaz sacou uma arma falou para eu ficar quieto, porque era um sequestro, e o companheiro dele, que estava escondido, já me levou direto para o quarto da minha filha”, relembra.

Nesse momento, os criminosos avisaram à parente que o levariam para o cativeiro e que ela deveria esperar por uma ligação que eles fariam. O resgate imposto foi de R$ 1 milhão, mas os criminosos aceitaram reduzir a cifra para R$ 50 mil. Entretanto, o valor não foi depositado, porque a polícia resgatou o jovem antes disso. 

“Eles falavam que, se eu fizesse uma gracinha, me dariam um tiro. Disseram também que eu estava dentro de uma favela e que, se me matassem, não iria dar nada para eles”, recorda o jovem. A vítima não chegou a sofrer ferimentos físicos, mas passou por violência psicológica.

Criminosos conheciam vítima

Delegado à frente do caso, Ramon Sandoli relevou que o sequestro foi coordenado dentro da penitenciária por dois homens. Ambos tinham contato com pessoas de Bom Despacho, que conheciam a vítima. Uma das sequestradoras, aliás, foi até o comércio da vítima no dia anterior para recolher informações sobre ela. 

“Os dois criminosos são de Bom Despacho e conhecem bem a região. Eles recrutaram esta mulher, que colheu informações sobre a vítima. Com isso, observa-se uma divisão de tarefas, o que se constitui organização criminosa”, aponta.

Este é o segundo sequestro em menos de três meses coordenados de dentro da penitenciária. O outro foi articulado pelos mesmos criminosos e sequestraram uma criança de 7 anos em Florestal. 

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Jovem, de 21 anos, foi sequestrado em ação coordenada por detentos da Nelson Hungria

Seg, 12/08/19 - 20h50
‘Falaram que cortariam meu dedo se não colaborasse’, diz vítima sequestrada

Ainda muito assustado por ter sido vítima de um sequestro na última quinta-feira (8), coordenado por detentos da penitenciária Nelson Hungria, um jovem, de 21 anos, nascido em Bom Despacho, conversou com a imprensa nesta segunda-feira (12). Com lágrimas nos olhos e voz embargada, ele contou os horrores que viveu enquanto esteve na mão dos sequestradores.

“Eles ameaçaram toda a minha família, falaram que iriam me matar, que se eu não colaborasse, cortariam o meu dedo e enviaram para a minha tia. Quando eu dizia que não iria colaborar, eles apagavam o vídeo (feito para ser enviado para a família) e me forçavam a gravar outro, pedindo para a minha tia agilizar o pagamento”, contou o jovem.

O rapaz foi sequestrado na cidade do Centro-Oeste na manhã de quinta quando dormia na casa de uma tia. O jovem chegou a ficar no poder dos sequestradores por cerca de 36 horas até ser libertado por policiais do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) em conjunto com a equipe de Bom Despacho. Três pessoas foram presas pelo crime, mas a polícia aponta a participação de outras cinco. 

Segundo a vítima, os sequestradores foram até a casa onde ele estava se passando por entregadores de uma encomenda. “Quando eu abri (a porta), falaram pra eu assinar uma entrega para minha tia. Quando olhei para o portão, o rapaz sacou uma arma falou para eu ficar quieto, porque era um sequestro, e o companheiro dele, que estava escondido, já me levou direto para o quarto da minha filha”, relembra.

Nesse momento, os criminosos avisaram à parente que o levariam para o cativeiro e que ela deveria esperar por uma ligação que eles fariam. O resgate imposto foi de R$ 1 milhão, mas os criminosos aceitaram reduzir a cifra para R$ 50 mil. Entretanto, o valor não foi depositado, porque a polícia resgatou o jovem antes disso. 

“Eles falavam que, se eu fizesse uma gracinha, me dariam um tiro. Disseram também que eu estava dentro de uma favela e que, se me matassem, não iria dar nada para eles”, recorda o jovem. A vítima não chegou a sofrer ferimentos físicos, mas passou por violência psicológica.

Criminosos conheciam vítima

Delegado à frente do caso, Ramon Sandoli relevou que o sequestro foi coordenado dentro da penitenciária por dois homens. Ambos tinham contato com pessoas de Bom Despacho, que conheciam a vítima. Uma das sequestradoras, aliás, foi até o comércio da vítima no dia anterior para recolher informações sobre ela. 

“Os dois criminosos são de Bom Despacho e conhecem bem a região. Eles recrutaram esta mulher, que colheu informações sobre a vítima. Com isso, observa-se uma divisão de tarefas, o que se constitui organização criminosa”, aponta.

Este é o segundo sequestro em menos de três meses coordenados de dentro da penitenciária. O outro foi articulado pelos mesmos criminosos e sequestraram uma criança de 7 anos em Florestal. 

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