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sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Vaccinar se fortalece em Martinho Campos e Bom Despacho, Pompeu fica de fora.

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Unidade da Vaccinar em Martinho Campos
Em um segmento com fortes concorrentes estrangeiros, a mineira Vaccinar, empresa de insumos para ração animal, busca ampliar sua capacidade de produção por meio de uma possível aquisição na região Centro-Oeste para atender principalmente à demanda de criadores de gado.

No ano passado, a Vaccinar, que se apresenta como a maior empresa de capital nacional desse mercado, adquiriu uma fábrica na cidade de Toledo, no Paraná, com capacidade para produzir 18 mil toneladas de pré-misturas para rações de aves e suínos. E está construindo do zero uma planta em Goiânia, que deverá ficar pronta entre o fim de 2020 e início de 2021. Com essa nova unidade goiana, a empresa terá seis fábricas pelo país.

Os planos para uma nova aquisição fazem parte de uma estratégia de marcar presença em uma região do país líder em gado de corte. “Estamos buscando uma fábrica em Mato Grosso do Sul ou em Mato Grosso”, disse ao Valor o presidente e fundador da Vaccinar, Nelson Lopes. “Temos tido conversas e na semana que vem vou visitar uma planta [possível alvo de aquisição]”, afirmou.

A Vaccinar produz uma mistura de vitaminas e minerais que funciona como base para a fabricação de ração. No mercado de ração animal, essa mistura se chama premix e é adquirida por uma variedade numerosa de pequenas fábricas de ração espalhadas pelo país.

No Brasil, grandes players nesse mercado de pré-misturas são a americana Cargill e a holandesa DSM. Agroceres e Matsuda são outros concorrentes nacionais.

Lopes vê espaço para um aumento crescente da demanda por ração animal, e consequentemente, pelas pré-misturas, uma vez que os criadores têm investido para encurtar o tempo de crescimento do gado bovino para o abate.

“Há 20 anos, um boi levava cinco anos para alcançar o peso de 18 arrobas; depois isso passou para três a quatro anos e agora são dois anos e meio”, diz. “Isso se deve muito à genética mas também muito à alimentação em cocho e à suplementação com minerais”, acrescenta empresário. O Brasil é um dos maiores produtores do mundo de proteína animal.

Fundada em 1980, a Vaccinar, sediada em Belo Horizonte, faturou R$ 483 milhões em 2018 e o empresário prevê alcançar os R$ 550 milhões este ano. A meta da companhia é chegar a 2023 com faturamento de R$ 1 bilhão. A empresa tem 800 funcionários.

Lopes diz que, em princípio, a planejada aquisição em Mato Grosso ou em Mato Grosso do Sul será feita com capital próprio. Segundo ele, sua empresa tem um nível de endividamento baixíssimo, que se resume basicamente a alguns financiamentos de equipamentos. E afirma que, em função da liquidez e de sua presença no mercado nacional, a Vaccinar já esteve no radar algumas vezes de fabricantes estrangeiros.

A Vaccinar tem três fábricas em Minas Gerais: uma delas em Martinho Campos, dedicada a produzir pré-misturas para rações de aves e suínos. Outra fica em Nova Ponte, especializada imprimir faturas para rações de bovinos e outra em Bom Despacho, para uma gama maior de animais. 

Em Pompeu, haveria uma possibilidade de implantação de uma unidade ms a iniciativa foi descartada por ter se mostrado pouco viavel.

Há ainda duas fábricas no Paraná: a recém-adquirida em Toledo (criação de mercado de aves e suínos) e outra em Pinhais, também para animais diversos. Um de seus centros de distribuição está localizado em Ciudad del Este, no Paraguai.


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