
Tanto o barraco onde W. mora com a avó como o ponto onde ele, junto com um colega de 14 anos, pede dinheiro aos motoristas após jogar para o alto bastões com fogo na ponta ficam na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Essa parte da cidade, de bairros nobres e movimentada pelo comércio, concentra a maioria das crianças e adolescentes vítimas dos crimes chamados de “cunho social”.
Segundo estatísticas registradas de janeiro a julho pelos conselhos tutelares da capital, dos 121 casos de trabalho infantojuvenil, 33 (27,2%) foram na Centro-Sul. A região também teve 23 dos 47 registros (48,9%) de menores com trajetória de vida na rua e dois dos nove (22,2%) de mendicância. “Aprendi a fazer malabares com meu irmão, que também precisou ir cedo para as ruas ajudar nas despesas de casa”, disse W.
Sos as marquises

Falante e muito articulado, o adolescente esbanja alegria até ao narrar as dificuldades que a família passa na rua. “Fomos chutados de casa e agora comemos com a ajuda das pessoas. Por falar nisso, me dá um trocado aí”, brincou o garoto.
A., irmão mais novo dele, disse que está matriculado em uma escola, mas raramente frequenta as aulas. “Eu só consigo dormir de madrugada e não dou conta de levantar cedo no outro dia”. Sem perceber a gravidade do drama, o caçula também confessa que a vida na rua o levou ao vício de fumar.
Aliciamento
A delegada Iara França, adjunta da Delegacia Especializada em Proteção da Criança e do Adolescente (Depca), ressalta que há sempre um adulto por trás de todo menor que perambula pelas ruas em busca de dinheiro.
“É um familiar ou um aliciador. Às vezes, o pai estabelece até meta de arrecadação e a criança apanha se ela não for cumprida”.
Fonte: Hoje em Dia
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