W.
tem 17 anos e mora no aglomerado da Serra. Desde os 12 ele passa as
tardes em um cruzamento do bairro de Lourdes e não frequenta a escola.
Parou de estudar antes de completar a 3ª série do ensino fundamental. A
única atividade do adolescente é fazer malabares na rua para ganhar
alguns trocados.
Tanto o barraco onde W. mora com a avó como o ponto onde ele, junto com um colega de 14 anos, pede dinheiro aos motoristas após jogar para o alto bastões com fogo na ponta ficam na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Essa parte da cidade, de bairros nobres e movimentada pelo comércio, concentra a maioria das crianças e adolescentes vítimas dos crimes chamados de “cunho social”.
Segundo estatísticas registradas de janeiro a julho pelos conselhos tutelares da capital, dos 121 casos de trabalho infantojuvenil, 33 (27,2%) foram na Centro-Sul. A região também teve 23 dos 47 registros (48,9%) de menores com trajetória de vida na rua e dois dos nove (22,2%) de mendicância. “Aprendi a fazer malabares com meu irmão, que também precisou ir cedo para as ruas ajudar nas despesas de casa”, disse W.
Sos as marquises
No primeiro contato com C., de 15 anos, é impossível imaginar que ele vive com a mãe e três irmãos (de 14, 10 e 9 anos) debaixo das marquises do Centro de BH, próximo à Praça da Estação.
Falante e muito articulado, o adolescente esbanja alegria até ao narrar as dificuldades que a família passa na rua. “Fomos chutados de casa e agora comemos com a ajuda das pessoas. Por falar nisso, me dá um trocado aí”, brincou o garoto.
A., irmão mais novo dele, disse que está matriculado em uma escola, mas raramente frequenta as aulas. “Eu só consigo dormir de madrugada e não dou conta de levantar cedo no outro dia”. Sem perceber a gravidade do drama, o caçula também confessa que a vida na rua o levou ao vício de fumar.
Aliciamento
A delegada Iara França, adjunta da Delegacia Especializada em Proteção da Criança e do Adolescente (Depca), ressalta que há sempre um adulto por trás de todo menor que perambula pelas ruas em busca de dinheiro.
“É um familiar ou um aliciador. Às vezes, o pai estabelece até meta de arrecadação e a criança apanha se ela não for cumprida”.
Tanto o barraco onde W. mora com a avó como o ponto onde ele, junto com um colega de 14 anos, pede dinheiro aos motoristas após jogar para o alto bastões com fogo na ponta ficam na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Essa parte da cidade, de bairros nobres e movimentada pelo comércio, concentra a maioria das crianças e adolescentes vítimas dos crimes chamados de “cunho social”.
Segundo estatísticas registradas de janeiro a julho pelos conselhos tutelares da capital, dos 121 casos de trabalho infantojuvenil, 33 (27,2%) foram na Centro-Sul. A região também teve 23 dos 47 registros (48,9%) de menores com trajetória de vida na rua e dois dos nove (22,2%) de mendicância. “Aprendi a fazer malabares com meu irmão, que também precisou ir cedo para as ruas ajudar nas despesas de casa”, disse W.
Sos as marquises
No primeiro contato com C., de 15 anos, é impossível imaginar que ele vive com a mãe e três irmãos (de 14, 10 e 9 anos) debaixo das marquises do Centro de BH, próximo à Praça da Estação.
Falante e muito articulado, o adolescente esbanja alegria até ao narrar as dificuldades que a família passa na rua. “Fomos chutados de casa e agora comemos com a ajuda das pessoas. Por falar nisso, me dá um trocado aí”, brincou o garoto.
A., irmão mais novo dele, disse que está matriculado em uma escola, mas raramente frequenta as aulas. “Eu só consigo dormir de madrugada e não dou conta de levantar cedo no outro dia”. Sem perceber a gravidade do drama, o caçula também confessa que a vida na rua o levou ao vício de fumar.
Aliciamento
A delegada Iara França, adjunta da Delegacia Especializada em Proteção da Criança e do Adolescente (Depca), ressalta que há sempre um adulto por trás de todo menor que perambula pelas ruas em busca de dinheiro.
“É um familiar ou um aliciador. Às vezes, o pai estabelece até meta de arrecadação e a criança apanha se ela não for cumprida”.
Fonte: Hoje em Dia
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