Fátima guarda um dos retratos que mostra como era o marido na época do desaparecimento — Foto: Fátima Sousa/Arquivo pessoal
Após seis anos sem saber notícias de Adriano Aparecido Rodrigues da Silva, desaparecido em Pompéu, a esposa dele, Fátima Alves Santos, contou ao G1 que a angústia da família chegou ao fim. Um teste de DNA pedido pela Polícia Civil apontou que restos mortais encontrados na ocasião do desaparecimento pertencem a Adriano. Segundo Fátima, o resultado do teste saiu nesta quarta-feira (31).
Adriano é natural de Luz e saiu da cidade em novembro de 2013 para trabalhar em uma fazenda na zona rural de Pompéu. Depois disso, ele não foi mais visto. Fátima disse que na época do desaparecimento teve informações de que ele havia morrido, mas esperava respostas concretas sobre o que ocorreu o marido.
"Eu tinha esperança de achar ele vivo. Nós da família e amigos dele estamos sofrendo", desabafou.
Mesmo com o resultado do DNA, a família ainda procura respostas para entender o que levou Adriano a morte. Apesar disso, a esposa dele relatou ao G1 que espera poder dar um sepultamento digno ao marido.
"Pegamos o resultado do DNA aqui em Luz mesmo, mas não sabemos o que fazer agora. Queremos saber como proceder para trazer os restos mortais dele e dar a ele um enterro digno aqui. Estamos muito tristes", encerra.
O G1 entrou em contato com assessoria de comunicação da Polícia Civil, para saber sobre a investigação e os tramites relacionados a devolução dos restos mortais de Adriano para a família. Em nota, a Polícia Civil informou que as investigações para apurar as causas e circunstâncias da morte seguem em andamento pela Delegacia de Polícia Civil em Pompéu.
Desaparecimento
Adriano é natural de Luz e quando desapareceu tinha 33 anos. Em entrevista anterior ao G1, Fátima afirmou que tem três filhos, dois de Adriano e que estava grávida de um deles quando houve o desaparecimento.
"Tenho três filhos, dois são do Adriano. Desde que ele desapareceu estamos sofremos muito. Há alguns anos, disseram para mim que ele estava morto. Mas a gente não sabe se está mesmo e nem onde o corpo dele está. É uma dor inaplicável não saber onde o pai dos meus filhos está, sofremos muito, eu e toda a família dele", desabafou na época.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), registrado na ocasião do desaparecimento pela irmã de Adriano, testemunhas disseram que o viram pela última vez próximo a um trecho do Rio Pará, que passa pela zona rural de Pompéu e é perto de onde ele estava trabalhando.
Na ocasião, a policia foi até a propriedade rural onde Adriano estava trabalhando. O dono da fazenda disse que, em conversa com outros funcionários, soube que Adriano estaria passando por problemas psicológicos e fazia uso de bebida alcoólica.
Meses após o desaparecimento de Adriano, foi encontrado restos mortais próximo ao local onde ele trabalhava. Na época, a Polícia disse que por se tratar de uma pessoa que estava sem documentos não foi possível fazer a identificação. Os restos mortais foram sepultados em um cemitério de Pompéu