O Vereador Experidião Porto (PV) recebeu na Câmara Municipal os “catadores de lixo” de Pompéu.
São mais de vinte famílias que tiram seu sustendo da coleta de material reciclável do lixo na cidade.
Gerou-se um grande impasse, pois os órgãos ambientais querem proibir os “catadores” de freqüentarem o lixão da cidade e solicitaram que o Executivo proibisse a entrada dessas pessoas para evitar que elas façam a coleta.
Sem saída, o Prefeito Municipal Joaquim Micapel, fez uma reunião com os “catadores” e os informou de que sua entrada no lixão municipal não será mais permitida. Desesperados os “catadores” procuraram o Vereador Experidião que é um parceiro antigo do grupo, Porto procurou tranqüilizar a todos e convidou o representante dos trabalhadores para expor o ocorrido na tribuna da Câmara pedindo aos demais Vereadores que ajudassem a encontrar uma saída para o impasse.
Experidião salientou que o Prefeito não tinha alternativa se não à de cumprir o que foi determinado a ele pelo órgão ambiental, mas salientou que, cabe aos trabalhadores decidir se irão ou não acatar o determinado. “Não há como pedir a estas pessoas que deixem de trabalhar no lixão de onde tiram o sustento de suas famílias sem lhes apresentar uma alternativa viável” afirmou o Vereador Porto na tribuna da Câmara.
Um dos lideres do grupo, conhecido por Mundinho, afirmou que eles vão continuar a trabalhar no lixão, “nós não estamos prejudicando ninguém, pelo contrario retiramos do lixo o material que demoraria milhões de anos para se decompor e o mandamos para a reciclagem, através do lixo conseguimos colocar comida nas nossas mesas, estamos conscientes dos riscos que corremos, mas não temos alternativa”, afirmou o representante do movimento.
É chocante ver pessoas trabalhando no meio do lixo, mas elas prestam um grande serviço ao meio ambiente. Mas enquanto a população não se conscientizar da necessidade de fazer uma separação do lixo em casa possibilitando a chamada coleta seletiva, os lixões vão continuar a ser o local de trabalho destes desafortunados.
Executivo e Legislativo deveriam se unir em busca de uma saída para o problema.
Proibir essas pessoas de coletarem lixo é como tentar impedir que um Beija-flor saia à procura do néctar para alimentar a seus filhotes, ele pode até ser pego por um gavião, mas nunca deixará de arriscar sua vida para alimentar a seus filhotes.
Prezado Experidião,
ResponderExcluirUma das coisas mais fáceis, à que o Estado (e aí quero-me referir aos Poderes Executivo, Estadual e Municipal) sempre recorre é "Proibir", sem entretanto jamais oferecer alternativas. É comum do Estado exigir sem oferecer alternativas. Veja-se por exemplo o Conselho Tutelar, que corretamente exige que principalente garotas menores não estejam nas ruas após às 10, mas só fazem "blitzen" 1 vez a cada 3 ou mais meses, e não pune jamais os estabelecimentos que são atrativos para essass menores que são chamariscos atraentes para a sua "clientela" adulta que nelas têm caça farta. E até as atraem para seus redutos, pois sem elas seu movimento cairia drasticamente. E os representantes do Ministério Público -- um baluartes de nossa sociedade, ao qual pertenceu meu pai Hugo Foscolo -- que muito corretamente exige que menores frequentem aulas, mas se escquecem ou não sabem que o Estado não têm escolas especiais para aqueles que só frequentariam suas classes de aula, se para ali fossem acorrentados! Tudo isso é muito bonito, é muito verde, é muito ecológico, é muito politicamente correto, é tema de discussões nos condortáveis salões e comissões refrigeradas das Câmaras (Federais, Estaduais e Municipais e do Senado, mas a realidade brasileira é completamente outra. Por favor, autoridades de qualquer poder: Desçam de seus pedestrais, venham para as ruas, para as casas, para os seios das famílias, pelo menos uma vez a cada seis meses para conhecer a verdadeira realidade de nossas comunidades e sociedade. A partir daí, talvez, as decisões fossem tomadas mais de acordo que a realidade brasileira.
Um abraço,
Carlos Foscolo
ERRATA:
ResponderExcluirNo comentário acima, onde se lê "blitzen" leia-se "blitz", onde se lê "principalemente" leia-se "principalmente", onde se lê "condortáveis" leia-se "confortáveis", onde se lê "um baluartes de nossa sociedade" leia-se "baluartes em defesa de nossa sociedade" e, finalmente, onde se lê "pedestrais" leia-se "pedestais".
Essas são algumas das inconveniências de se escrever "ao vivo" nos blogs. Fazemo-lo com tanta pressa, com receio que caia a conexão, que dificilmente paramos para fazer uma revisão. Desculpem-nos por alguns outros que tenham burlado nossa percepção
Carlos Foscolo
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