Goias: Categoria deixou o plenário, mas passou segundo fim de semana na Casa.
Grevistas se reunirão nesta segunda (2) para definir rumos do movimento.
Em greve há mais de 70 dias, agentes e escrivães da Polícia Civil permanecem no auditório da Assembleia Legislativa de Goiás, em Goiânia. Nesta segunda-feira (2), os líderes da paralisação devem se reunir com representantes de Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO) e, às 16h, a categoria fará uma assembleia para discutir os rumos do movimento.
Os grevistas passaram o fim de semana no auditório Costa Lima após deixar o plenário da Casa na última sexta-feira (29). A categoria decidiu sair do local, que permaneceu ocupado por 11 dias, após o governador afirmar que negociaria a reivindicação de aumento salarial.
Os grevistas passaram o fim de semana no auditório Costa Lima após deixar o plenário da Casa na última sexta-feira (29). A categoria decidiu sair do local, que permaneceu ocupado por 11 dias, após o governador afirmar que negociaria a reivindicação de aumento salarial.
A assessoria de imprensa da Assembleia informou que a presidência da Casa ainda não sabe se será possível o retorno das sessões ao plenário nesta terça-feira (3). Se houver impedimento, a diretoria da Casa tem autorização para continuar realizando sessões no Fórum do Jardim Goiás.
Em um segundo encontro com os grevistas, Joaquim Mesquita informou que o governo só pode pagar o bônus de produtividade, de 5% a 20%. No início de novembro, o governador Marconi Perillo (PSDB) determinou o corte de ponto dos grevistas. Segundo ele, todas as alternativas de acordo já haviam sido apresentadas. “Aquilo que é possível já foi sinalizado, o que não é possível não será feito”, justificou Perillo.Greve
A categoria iniciou a greve no dia 17 de setembro. No começo, eles pediam um reajuste proporcional a 60% do piso salarial do delegado, reestruturação da carreira e bônus por produtividade, que também é pago atualmente aos delegados. Após reunião com o secretário de Segurança Pública Joaquim Mesquita, intermediada pelo Ministério Público Estadual (MP-GO), líderes do movimento enviaram uma contraproposta ao governo, aceitando negociar a porcentagem de reajuste.
No dia 21, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) determinou o retorno imediato dos policiais civis ao trabalho. Em caso de descumprimento da decisão, o desembargador Leobino Valente Chaves estipulou pena de multa diária de R$ 10 mil. Mesmo com a determinação, o presidente da União Goiana dos Policiais Civis (Ugopoci), Ademar Luiz de Oliveira, disse que a greve será mantida até que o governo sinalize com a possibilidade de negociação do aumento do piso salarial.
Sem chegar a um acordo com o governo, os grevistas decidiram ocupar o plenário da Assembleia Legislativa de Goiás, no dia 18. A Justiça determinou a reintegração de posse do plenário e a volta dos grevistas ao trabalho, mas os policiais apenas se retiraram para um auditório ao lado.
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