Cigarros falsificados foram apreendidos em fábrica clandestina em Abaeté no dia 4 de abril (Foto: Polícia Militar de Abaeté/Divulgação)
A suspeita de que o grupo de paraguaios detidos no início de abril em uma fábrica clandestina de cigarros em Abaeté era vítima de trabalho escravo está descartada. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (16) pelo delegado da Polícia Civil Rodrigo Noronha.
Pelo menos 15 paraguaios dois brasileiros foram encontrados no dia 4 de abril em um imóvel no Povoado de Tabocas, zona rural da cidade. Com eles foram apreendidos 270 mil maços de cigarros com rótulos de três marcas. A polícia apurou que os produtos eram levados para São Paulo.
Na época, a Polícia Civil informou que havia a suspeita de que os estrangeiros eram vítimas de trabalho escravo, pois no local foram encontrados indícios de que eles eram impedidos de sair e tinham o sinal de celular bloqueado.
Ainda conforme a polícia, eles chegaram a relatar que foram trazidos ao Brasil com a proposta de trabalho em costura no Estado de São Paulo, mas depois tiveram os olhos fechados e foram levados para Abaeté.
Estrangeiros e brasileiro foram detidos no início de abril em Abaeté (Foto: Polícia Militar de Abaeté/Divulgação)
Entretanto, as investigações apontaram que alguns dos paraguaios já haviam sido presos anteriormente.
"Dentre os 15 paraguaios que estavam trabalhando lá, quatro deles já tinham sido capturados outras vezes em Montes Claros [Norte de Minas], fazendo a mesma atividade. Então denota-se que estavam ali voluntariamente. Eles tinham dinheiro próprio e não tinha vigilância armada. Então, no contexto em si que foi apurado, essa questão de trabalho escravo, está descartada", afirmou o delegado.
O delegado Rodrigo Noronha informou que, depois de ouvidos, todos os detidos obtiveram liberdade provisória da Justiça e estão soltos desde o dia 5 de abril.
Pedido ao consulado
Ainda segundo Noronha, o Consulado do Paraguai foi contatado para que a polícia seja acionada para acompanhar o caso no país vizinho. O G1 entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil e o consulado e aguarda posicionamento.
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