Chefe da sala de imprensa da Polícia Militar acredita que militares seguiram procedimento, já que equipamento de GPS mostrava que no local havia um celular roubado e que o servidor não colaborou com a abordagem
PUBLICADO EM 31/03/16 - 12h59
A Polícia Civil entende que a ação de militares foi arbitrária durante uma ação para recuperar um celular roubado que ocorreu no Centro de Belo Horizonte, na tarde dessa quarta-feira (30). Na ocasião, a abordagem a um investigador terminou em confusão entre as duas partes e deixou dois pedestres feridos.
Para o capitão Flávio Santiago, chefe da sala de imprensa da Polícia Milita, os militares seguiram o procedimento necessário. "A própria presença dele ( investigador da Polícia Civil) no local e a negativa dele em aceitar a abordagem é um problema porque nós estávamos ali porque um equipamento de GPS apontava que havia alguém com um celular roubado", explicou o militar.
Santiago também usou a lei para embasar sua justificativa. "Qualquer pessoa deve colaborar com uma abordagem policial, seja um civil, servidor ou até mesmo um magistrado. Isso está previsto no código penal. Claro que tomamos essa medida de realizar uma abordagem desde que haja uma clara suspeita. E neste caso havia um GPS apontando para o local e ele (investigador) dificultou a abordagem por isso foi necessário a ação", encerrou o militar.
A confusão entre o investigador, lotado no Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), e policiais militares na região Central de Belo Horizonte ocorreu no fim da tarde dessa quarta.
A Polícia Civil informou, por meio de nota, que os militares alegaram, ao delegado que acompanhou as oitivas, que estavam rastreando um aparelho celular roubado, o que os teria levado até um grupo próximo ao terminal rodoviário de Belo Horizonte.
No local, ainda conforme os militares à Polícia Civil, o investigador não teria se identificado de forma correta e, ainda, tentou impedir a abordagem aos suspeitos e, por isso, foi contido.
Houve luta corporal entre os policiais das duas corporações e ocorreu um disparo acidental de arma de fogo que atingiu um pedestre que passava pelo local. Os militares ainda teriam alegado que foi necessário a utilização de uma arma que emite disparos de eletrochoque para conter o investigador.
Ainda segundo informou a Polícia Civil, o investigador alegou estar no local esperando pelo filho quando os militares iniciaram a abordagem “de forma truculenta”. O servidor teria se apresentado como policial lotado no Denarc e explicado que estava acompanhado do filho adolescente e de um amigo.
As testemunhas encaminhadas pelos policiais militares à Central de Flagrante II confirmaram as informações do investigador, segundo alegou a Polícia Civil. A corporação entende que as imagens registradas dos fatos também ratificam essa alegação.
Após as oitivas, foram expedidas guias de corpo de delito para o policial civil, para um policial militar e as duas vítimas. A arma usada pelo investigador foi recolhida e será periciada. Um inquérito foi aberto para apurar o caso.
Após as oitivas, foram expedidas guias de corpo de delito para o policial civil, para um policial militar e as duas vítimas. A arma usada pelo investigador foi recolhida e será periciada. Um inquérito foi aberto para apurar o caso.
As corregedorias das duas corporações acompanha a investigação.
Veja o vídeo:
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