Raul Mariano - Hoje em Dia
O Fórum Regional Metropolitano, realizado em Contagem, na Grande BH, nesta quinta-feira (3) e que conta com a presença do governador de Minas, Ferando Pimentel, é marcado por protestos de aprovados no último concurso da Polícia Civil. O processo foi realizado em 2014, mas eles ainda não foram nomeados para exercerem as funções.
Na primeira fala, do secretário de Planejamento e Gestão (Seplag), Helvécio Magalhães, sobre o projeto de desenvolvimento regional do Estado, os manifestantes viraram de costas, em um protesto silencioso.
No entanto, quando o governador subiu no palanque, cumprimentou o SOS Polícia Civil como os "excedentes" do concurso da Polícia Civil. Imediatamente os manifestantes responderam em voz alta: "excedentes não!", afirmando que foram aprovados dentro do número de vagas abertas.
"Vamos virar as costas para o governador da mesma forma que ele fez com a gente", afirmou Gustavo Lages, porta-voz do movimento.
A fala do governador também foi marcada por vaias e gritaria de funcionários da educação da cidade de Divinópolis, que, com faixas, criticam o suposto "descaso do governo" com o setor.
O barulho durou menos de um minuto, mas o obrigou a interromper o pronunciamento. Ele ressaltou que na reunião agendada para o próximo dia 10 com os funcionários da educação a questão será discutida
Reivindicações dos concursados
De acordo com o movimento S.O.S Polícia Civil, formado pelos aprovados no último concurso realizado em 2014, 2.500 investigadores já aprovados em concurso precisam ser chamados para diminuir o déficit de 5 mil agentes que o estado tem.
Desse total, eles afirmam que mil foram convocados e se mudaram de vários pontos do Estado para Belo Horizonte. No entanto, essas pessoas não foram efetivadas no cargo e estão tendo que arcar com os custos de moradia sem estarem de fato empregados.
Os candidatos aprovados teriam sido chamados pela Academia de Polícia Civil de Minas Gerais (Acadepol) e não foram nomeados pelo governo, de acordo com os manifestantes.
Eles afirmaram, ainda, que a justificativa da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) é que a efetivação de todos os aprovados no concurso seria onerosa demais para o Estado nesse momento de baixa arrecadação.
Na avaliação deles, a PC deveria ser tratada como a Polícia Militar, que vai receber benefícios como ajuste salarial conforme já acordado com o governo. Eles alegam que a PM recebe muito mais atenção por parte do governo.
Manifestantes ficam de costas para o palanque durante fala de representantes do governo estadual.
Foto: Wesley Rodrigues/ Hoje em Dia
O Fórum Regional Metropolitano tem, basicamente, o objetivo de fomentar a participação popular na construção de políticas públicas voltadas para os problemas específicos de cada região do estado. São ações voltadas para o desenvolvimento econômico e social de 17 "territórios de desenvolvimento".
Durante o evento, o prefeito de contagem, Carlin Moura (PC do B), destacou a importância da postura do governo em propor um diálogo maior com as regiões metropolitanas. Ele afirmou que o próximo passo é trabalhar para a expansão do metrô, o que arrancou aplausos do público presente.
A questão do transporte coletivo das regiões metropolitanas é lembrada a todo momento pelos membros da mesa. A deputada estadual Marília Campos (PT) voltou a dizer que o deslocamento dos trabalhadores para a capital é uma grande urgência. Terminou sua fala com o lema "mobilidade, já!".
O secretário de planejamento, Helvécio Magalhães, afirmou, em coletiva à imprensa, que o metrô é prioridade para o governo e que, possivelmente, uma Parceria Público-Privada (PPP) será a alternativa para viabilizar a obra. A justificativa é que o governo não tem e nem conseguirá todo o recurso estimado.
Atualizado às 12h12
Vamos periciar a segunda foto: Todos que tem "." ou mais, é uma montagem. Onde é marcado a foto que deve ser modificada.
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