

Perícia corre contra o tempo e quebra paredes, recolhe cacos e fios de cabelo na tentativa de reunir provas de que Eliza foi morta na casa do ex-policial Bola.
Consumidos sete dos trinta dias da prisão temporária decretada para o goleiro Bruno Fernandes e seus amigos, a polícia mineira começa a entrar em uma fase crítica para a apresentação de provas materiais para encaminhar, com segurança, o grupo para o banco dos réus. Da principal dessas provas – o corpo de Eliza Samudio – talvez não existam agora mais que fragmentos.A partir de agora, um pedaço de unha, manchas de sangue ressecado ou até um fio de cabelo valem ouro para a polícia.
Apesar das declarações incisivas do delegado Edson Moreira e da comoção pública, tudo o que liga o goleiro Bruno, seu funcionário Luiz Henrique Romão (Macarrão) e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos à morte de Eliza Samudio são depoimentos de dois primos do goleiro, um deles menor de idade. E, para complicar a vida dos investigadores, os dois relatos são conflitantes. O menor J., de 17 anos, diz que ele, Macarrão e Sales levaram Eliza para a morte, e Bruno não estaria lá. Já Sales garante que o goleiro foi à casa onde ocorreu o sacrifício, junto com Macarrão e o menor – mas como vai provar, se ele próprio diz que não estava presente?
A busca incessante de vestígios do corpo teve, nesta quarta-feira, momentos dignos das séries policiais americanas. Com uso de sondas operadas por técnicos do departamento de Geologia da UFMG, os Peritos localizaram pontos ocos e possíveis materiais embutidos nas paredes da casa do ex-policial Marcos Aparecido, conhecido como Bola, no município de Vespasiano. Cães farejadores indicavam os pontos onde poderia haver material orgânico e, em seguida, britadeiras cortavam o cimento. Os ossos de Eliza não apareceram, mas cacos de tijolos e alvenaria foram recolhidos para serem examinados no Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais.
O maior avanço na busca de sinais do corpo de Eliza ocorreu no sítio do goleiro Bruno, em Esmeraldas. Um novo exame indicou presença de sangue no quarto onde a jovem teria sido mantida em cativeiro e num colchão encontrado nesse cômodo. Foram recolhidos também fios de cabelo e objetos da casa – algo que pode provar que ela esteve no local. Mas nada, ainda, que mostre o principal: que Eliza foi, como dizem as testemunhas, estrangulada e esquartejada por Bruno, Macarrão e Bola.
Porto,
ResponderExcluirvc acha q não houve interferência? Depende de q se entenda como inerferência. chegar no local e encontrar pelo menos umas 10 pessoas lá para mim é uma interferência absurda no nosso trabalho. As imagens mostram que havia diversos delegados e agentes transitando e mexendo nos objetos, tanto no sítio quanto na casa do "Bola".
Qual foi o "avanço nas ações da perícia em encontrar vestígios"?
Pensei que este caso serviria p mostrar nossa importância, a fim de fundamentar a autonomia.
Agora, c o desenrolar das ações descabidas dos demais policiais envolvidos no caso (nem citarei quais, não é preciso...), penso que q fundamentaremos a necessidade da autonomia devido aos erros cometidos pelos responsáveis pelo isolamento e preservação do local, tanto no sentido de não terem guardado os locais adequadamente quanto no sentido de falarem demais.
Em boca fechada não entra mosquito. Nem formiga. Vou ficar calada de novo.
Abraço,
Acredito que, além disso, é preciso também uma resposabilização penal dos responsáveis pelo isolamento incorreto ou pelo não isolamento, desde que as ações dos peritos fiquem prejudicadas. O perito não interfere no patrulhamento ostensivo da PM ou da PRF, nem nas ações de resgate do BOMBEIROS. Da mesma forma, acontecendo uma infração penal (ação/omissão), cabe tão somente o local aos peritos criminais. Ninguém mais (NINGUÉM MESMO, NEM INVESTIGADOR, NEM 91, NEM ...) entra no local até a liberação pelos peritos.
ResponderExcluir"Só não errou quem não tentou."