Oito oficiais, inclusive o delegado, foram presos na Operação Esfinge.
Delegacia fica no município de Camacan, no sul da Bahia.
Agentes da Corregedoria da Polícia Civil assumiram nesta terça-feira (31) o comando da delegacia de Camacan, no sul do estado.
A medida foi tomada depois que todos os oito oficiais da unidade policial foram presos, inclusive o delegado titular, na Operação Esfinge, iniciada nessa madrugada.
Os suspeitos foram denunciados pelo Ministério Público por crimes de extorsão, formação de quadrilha, receptação de carga roubada e de veículos de forma ilícita, além de homicídios, que estão sendo investigados em sigilo.
De acordo com a polícia, além dos oficiais, empresários da região estão envolvidos nos crimes.
De acordo com a promotora de Justiça Ediene Lousado, as instituições envolvidas estão em buscas dos quatro suspeitos restantes, que não estavam no local planejado. Ela comenta que os empresários compravam cargas de assaltantes e os policiais davam escolta à mercadoria até o destino da comercialização.
"Todos fazem parte de um mesmo grupo que atuam em toda região há mais de três anos", informa a promotora, que coordena o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais do Ministério Público Estadual (Gaeco), que participa da ação junto à Secretaria de Segurança Pública (SSP) e Corregedorias das Polícias Civil e Militar, com efetivo total de 131 policiais.
Os oficiais e o delegado serão encaminhados para a sede da Corregedoria da Polícia Civil em Salvador. Os 27 detentos que estavam presos na delegacia da cidade vão ser transferidos para o presídio do município de Itabuna.
Entenda o caso
Dezessete pessoas foram presas na Operação Esfinge, que teve por objetivo cumprir 21 mandados de prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão na capital baiana e nos municípios do interior do estado, expedidos pelo juiz Fábio Mello Veiga, da Vara Crime da comarca de Camacan.
A ação realizou sete flagrantes, sendo dois por peculato (crime contra administração pública), e cinco portes ilegais de arma, realizadas por cinco promotores de Justiça, o diretor da Depin (Delegacia de Polícia do Interior), Edenir Cerqueira, o corregedor da Polícia Militar Marconi do Nascimento.
A ação realizou sete flagrantes, sendo dois por peculato (crime contra administração pública), e cinco portes ilegais de arma, realizadas por cinco promotores de Justiça, o diretor da Depin (Delegacia de Polícia do Interior), Edenir Cerqueira, o corregedor da Polícia Militar Marconi do Nascimento.
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