Falta atendimento para 40 mil.
Fonte: O Tempo
Fonte: O Tempo
Negociações.
Por votação de Lei Orgânica, categoria ocuparia plenário da Assembleia
ontem, mas respeitou ambiente onde era velado corpo do vice-presidente
da Casa
Cerca de 40 mil atendimentos deixaram de ser
feitos somente em Belo Horizonte desde o início da greve da Polícia
Civil, que já dura dois meses. A estimativa é do Sindicato dos
Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol-MG).
Nesse período, os serviços mais afetados foram intimações, oitivas,
vistorias de veículos e emissão de relatórios sobre a vida pregressa de
suspeitos. A entidade afirma que apenas 30% do efetivo continua
trabalhando nas delegacias em Minas e que só os casos relacionados à Lei
Maria da Penha, ao Estatuto da Criança e do Adolescente e que envolvem
idosos são atendidos.
O presidente da entidade, Denílson Martins,
diz que, com a paralisação, algumas cidades tiveram que apelar para
outros meios para que o trabalho não fosse afetado. “O que temos são
improvisos, principalmente no interior. Nós temos registros de cidades
que estão utilizando servidores municipais, sem qualificação
profissional, para atender a população como se fossem policiais.
Desarmados, estão intimando marginais, colocando a vida em risco. Isso é
um erro grave”, alega.
A Polícia Civil nega que tenha ocorrido
qualquer comprometimento do trabalho de investigação policial ou do
atendimento ao público. Em nota, o órgão classificou o movimento
organizado pelo Sindpol como uma paralisação pontual, promovida por
apenas uma das nove entidades representativas dos policiais civis em
Minas. Segundo o texto, “delegados, escrivães, peritos criminais e
servidores administrativos trabalham normalmente em todo o Estado”.
Déficit.
No entanto, diretores de delegacias regionais confirmam a versão do
sindicato. Em Divinópolis, na região Centro-Oeste, os reflexos da
paralisação foram sentidos no trabalho de vistoria de veículos. “Antes
eram feitas 130 vistorias por dia, agora esse número não chega a 60.
Para ser atendidos, alguns proprietários dormem dentro dos carros, na
fila, para conseguir pegar a senha distribuída pela manhã”, relata o
delegado Experidião Porto, diretor da regional.
O dono de uma autoescola na cidade conta que
outras atividades também estão mais lentas. “Estávamos com cerca de 15
exames de direção com duas semanas de atraso, e recebi telefonemas de
outras autoescolas que tiveram o mesmo problema. A polícia não falou
para a gente que era por isso, mas atrasos eram raros antes”, conta
Ulisses Valadares, 33.
Em Ipatinga, no Vale do Aço, apenas 20 identidades são emitidas por dia, frente às 60 que eram confeccionadas antes da greve, segundo o sindicato. Já o setor de vistoria de veículos, que operava em dois turnos, agora atende apenas pela manhã.
Em Ipatinga, no Vale do Aço, apenas 20 identidades são emitidas por dia, frente às 60 que eram confeccionadas antes da greve, segundo o sindicato. Já o setor de vistoria de veículos, que operava em dois turnos, agora atende apenas pela manhã.
Segurança Pública
Atraso em inquéritos é ‘lado perverso’
Cerca
de 120 mil inquéritos aguardavam investigação nas delegacias de Minas,
segundo estimativa feita pelo sindicato dos servidores da Polícia Civil
em junho, antes da greve. A categoria não tem o número de processos que
se acumularam devido à greve.
Para o pesquisador do Centro de Estudos de
Criminalidade e Segurança Pública da Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG) Frederico Couto, os efeitos dos acúmulos de inquéritos são
mais dramáticos nos casos de crimes contra a vida. “A chance de se
elucidar um homicídio, por exemplo, passa a ser quase nula. Isso gera
efeito cascata, pois os crimes que estão sendo cometidos agora também
não são investigados, atrasando os que já estão na fila. Para a
população, esse é o lado perverso (da greve)”, avalia.
Já a corporação afirma que, mesmo se os
serviços estivessem funcionando normalmente, o número de inquéritos
acumulados continuaria a crescer. Em Lavras, no Sul, por exemplo, cerca
de 7.000 processos seguem parados por falta de efetivo, segundo o
sindicato. Já em Ipatinga, no Vale do Aço, mais de 500 processos foram
arquivados pelo mesmo motivo. Dados da capital não foram informados. (AL)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O espaço de comentários do blog são moderados. Não serão aceitas as seguintes mensagens:
Que violem qualquer norma vigente no Brasil, seja municipal, estadual ou federal;
Com conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade, ou que desrespeite a privacidade alheia;
Com conteúdo que possa ser interpretado como de caráter preconceituoso ou discriminatório a pessoa ou grupo de pessoas; acusações sem provas, citando nomes de pessoas, se deseja fazer algum tipo de denúncia envie por e-mail que vamos averiguar a veracidade das denúncias, sendo esta verdadeira e de interesse coletivo será divulgada, resguardando a fonte.
Com linguagem grosseira, obscena e/ou pornográfica;
De cunho comercial e/ou pertencentes a correntes ou pirâmides de qualquer espécie; Que caracterizem prática de spam;
Fora do contexto do blog.
O Blog do Experidião:
Não se responsabiliza pelos comentários dos freqüentadores do blog;
Se reserva o direito de, a qualquer tempo e a seu exclusivo critério, retirar qualquer mensagem que possa ser interpretada contrária a estas regras ou às normas legais em vigor;
Não se responsabiliza por qualquer dano supostamente decorrente do uso deste serviço perante usuários ou quaisquer terceiros;
Se reserva o direito de modificar as regras acima a qualquer momento, a seu exclusivo critério.