Diante
do parecer oriundo da SEDS direcionado ao Deputado Gustavo Correa, que
sugere ao mesmo a rejeição e acolhimento de diversos pontos do referido
texto, documento este que o próprio Deputado encaminhou à Direção do
SINDPOL/MG na noite de ontem, e após detida análise de todo o conteúdo
em comparação ao texto elaborado pelas entidades de classe enviado aos
parlamentares em junho deste ano, podemos detectar que, na verdade, mais
que rejeições às principais reivindicações, o que houve foi um
verdadeiro retrocesso, inclusive com supressão de direitos já
conquistados em legislações anteriores, como por exemplo a retirada da
Superintendência de Polícia Técnico-Científica como integrante do
Conselho Superior, passando a compor um tal colegiado sem poder
deliberativo.
Pontos de rejeição
Constatamos as sugestões de rejeição às principais demandas dos
Policiais, uma das maiores transformações que democratizaria as decisões
da Instituição, que seria a eleição direta para Chefe de Polícia em
lista tríplice, foi reprovada, para nós uma perda de oportunidades de
avanços presentes e futuros. Quanto aos Peritos Criminais, sugerem a
rejeição à destinação de vinte por cento do orçamento para a
Superintendência de Polícia Técnico-Científica. Sobre as demandas dos
Escrivães de Polícia, sugerem a rejeição à carga horária semanal de 30
horas, a auto-executoriedade que daria celeridade à tramitação dos
procedimentos e até mesmo o artigo que veda os Escrivães de
desempenharem funções de Delegados de Polícia. Outra sugestão de
rejeição por parte do Governador é quanto à participação de
Investigadores, Escrivães e Servidores Administrativos no Conselho
“Superior” da Polícia Civil, o que, somado à retirada dos Peritos, o
torna um órgão composto exclusivamente por Delegados. Também sugere a
rejeição da vinculação de 1/3 da remuneração dos cargos de base à
remuneração dos Delegados Gerais grau B; não acolheram o fim da
promoção por merecimento ou a inserção dos quadros de Servidores
Administrativos na Lei Orgânica, bem como não aceitam transformação dos
níveis das carreiras com a criação do nível de Inspetor para Escrivães e
Investigadores. Pretendem rejeitar até mesmo um curso de formação com
1600 horas para uma melhor formação dos policiais civis, premissa essa
já adotada pela Polícia Militar há mais de dez anos.
Pontos de acolhimento
A única premissa acolhida de interesse de todos foi a primeira promoção
dos policiais civis após o estágio probatório, e as demais promoções a
cada 7 anos. Outros pontos que podem ser citados são a consideração do
curso de formação como efetivo serviço policial e o fim do limite de
vagas para promoção especial para os policiais. Entretanto, as várias
sugestões de acolhimento do texto pelo Governador não contemplam as
principais alterações propostas para a melhoria da Instituição Policial.
Esses acolhimentos são meramente interlocutórios e preparatórios das
verdadeiras reivindicações que esperamos serem atendidas.
Decisão
Portanto, não havendo por parte do Governo fidelidade à promessa de
atender às reivindicações dos Policiais Civis, caracterizando total
falta de respeito e consideração para com a categoria que está em greve
há mais de setenta dias; considerando o tratamento diferenciado e as
benesses já alcançadas pela PMMG em projeto aprovado desde 2012,
aprofundando ainda mais o fosso institucional que separa essas
corporações; considerando também que a sugestão de rejeição também não
corrige as distorções internas entre Delegados, Servidores
Administrativos, Peritos, Médicos Legistas, Escrivães e Investigadores,
as entidades de classe que estão participando há vários anos da
construção desse consenso para a evolução da Polícia Civil não aceitam
em hipótese alguma as sugestões de rejeição feitas pelo Poder Executivo
aos Deputados, e esperam que o Parlamento Mineiro demonstre a
independência e autonomia, e cumpra o acordo, aprovando o texto básico
de consenso na forma das alterações feitas no substitutivo número 01,
sob pena de não alcançarmos solução do estado de greve e na conjuntura
de fragmentação e sucateamento por que atravessa hoje a Polícia Civil.
Diante do exposto, TORNA-SE IMPRESCINDÍVEL O COMPARECIMENTO DE TODOS OS
SERVIDORES NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, NA PRÓXIMA TERÇA FEIRA, ÀS NOVE
HORAS, QUANDO O NOSSO DESTINO PODERÁ SER TRAÇADO DE MANEIRA TENEBROSA EM
VIRTUDE DE TAIS MANOBRAS. OU O GOVERNO CEDE E O PARLAMENTO APROVA OU A
GREVE CONTINUA POR TEMPO INDETERMINADO!!! QUEM NÃO ADERIU, O MOMENTO É
AGORA, POIS TRATA-SE DO FUTURO DA POLÍCIA CIVIL EM NOSSAS MÃOS.
NÓS NÃO ACEITAMOS ESSE TEXTO PROPOSTO PELO GOVERNO! O TEXTO QUE QUEREMOS É O AQUELE FRUTO DO ACORDO, O QUAL O GOVERNO DEMONSTRA
QUERER NOVAMENTE QUEBRAR!
Veja as rejeições e aos acolhimentos sugeridos no Portal do SINDPOL/MG
SINDPOL/MG, SINDEP/MG, SINDIPECRI, ASSEMG, AESPOL, AMML, ASPCEMG
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