O
dia de lutas dessa terça-feira para a categoria Policial Civil na ALMG
foi marcado por um misto de pesar, frustração e esperanças de resultados
positivos. Pesar pela morte do Vice-Presidente da casa Deputado José
Henrique (PMDB), liderança sempre presente nos projetos de interesse da
Polícia Civil; frustração porque ainda não foi dessa vez que o nosso
projeto foi aprovado naquela casa; esperanças de resultados positivos
porque o próprio relator, Deputado Gustavo Correa - DEM e Deputado
Rogério Correa liderança da minoria e o próprio Presidente da casa
Deputado Dinis Pinheiro fizeram compromisso de honra de votarem
definitivamente na próxima terça-feira e quarta-feira da próxima semana o
substitutivo da LOCP na forma do projeto alterado por todas as
entidades de classe em consenso. Durante todo o dia ali na ALMG, durante
o velório do Deputado dezenas de parlamentares chegaram até os
dirigentes do SINDPOL/MG ali mobilizados com dezenas de caravanas do
interior e agradeceram a compreensão do Sindicato e dos Policiais bem
como pela demonstração de respeito ao momento de pesar daquela casa e
também pela decisão de esperar até a semana que vem, ou seja terça-feira
dia 27 para apreciação e aprovação final dessa matéria, onde o projeto
será tramitado em regime de urgência.
Os policiais, cerca de 1.500, após deliberação por unanimidade,
resolveram aguardar por mais uma semana e não ocuparem o plenário da
casa em sinal de protesto, entretanto também decidiram, por mais uma
vez, protestarem nas ruas de BH contra
o
sucateamento imposto pelo Governo do Estado. Também queimaram um caixão
na porta do Fórum Lafayette em solidariedade aos trabalhadores do
movimento rural dos sem terra e contra o adiamento do julgamento do
massacre de Felisburgo, onde a Polícia Civil concluiu as investigações e
até hoje os mandantes se encontram impunes.
Nota de alerta e risco de confronto
Os Policiais Civis representados pelo SINDPOL/MG também tiveram um
momento de apreensão e alerta com uma informação ocorrida no final da
tarde desta terça-feira onde Delegados neófitos recém formados, com
apenas 4 meses de caráter de experiência probatória, manifestaram em
Assembleia do SINDEPO contrários ao texto de consenso da categoria, que
já tramita há mais de 14 anos por essa gestão sindical que muito tem
lutado por uma nova Lei Orgânica que beneficie a todos e não apenas a
Delegados mormente neófitos que não garantem a sua permanência na
Instituição.
Nessa reunião, cerca de 120 Delegados novatos repudiaram a decisão da
Diretoria do SINDEPO em apoiar, o texto de consenso, a inclusão de
representantes dos cargos de Escrivão e Investigadores no Conselho
Superior de Polícia, também são contra a referência salarial de 1/3 do
salário de Delegado Geral grau B, para Investigadores e Escrivães; e
ainda repudiaram a autonomia dos Peritos no âmbito dos Departamentos e
delegacias regionais.
Eles ainda não aprovam os 3 níveis para os cargos da Polícia Civil
exigem apenas 2 níveis para Delegados (Delegado Geral e Delegado Geral
grau B) por maioria, declaram serem terminantemente contra a eleição
direta em lista tríplice para Chefe de Polícia alegando que a base da
Instituição não deve participar da gestão superior da Corporação e ainda
são contra o fim das promoções por merecimento.
Todas estas questões ignoradas pelos novatos foram fruto do acordo das
Direções das Entidades de classe que, por consenso, realizaram essas
alterações para o bem da Instituição e em todos os pontos, houve muito
bom senso e flexibilidade de todos.
Os Delegados novatos exigiram que a Direção do SINDEPO colocasse em
votação a rejeição de todo esse texto de consenso, pelo SINDEPO e demais
Entidades e que a Direção oficiasse ao Governo e a ALMG essa posição
para que o projeto seja retirado da pauta. A votação foi realizada e o
resultado ficou 122 a 37 votos que foram solidários à Diretoria do
SINDEPO. Após esse posicionamento elitista e radical da maioria o
Presidente Marco Antônio Chedid colocou seu cargo à disposição.
É de valia ressaltar que a Direção do SINDPOL/MG que representa mais de
5 mil filiados inclusive muitos Delegados, num gesto de maturidade e
desprendimento abriu mão de muitos quesitos de sua pauta reivindicatória
para selarem um acordo com todas as Entidades Sindicais legítimas, o
Parlamento, Chefia de Polícia, Governo do Estado, não se justifica
agora que um grupo de neófitos que ingressaram na Instituição através de
reivindicação própria do sindicato (fomos nós que lutamos pela
ampliação das vagas e convocação de excedentes) venham agora a
prejudicar os rumos da evolução de toda carreira Policial e da
Instituição Polícia Civil. É importante destacar que a exemplo do bom
costume mineiro "a palavra dada e assinada tem que ser cumprida por quem
de direito, pois o que é conversado é entendido e o que é combinado não
é caro”, uma vez que o Presidente do SINDEPO juntamente com Presidente
do SINDPOL/MG e os dirigentes das demais Entidades legítimas e
representativas selaram este acordo compete a todos nós cumprirmos a
nossa parte com o Legislativo aprovando este texto que
não
pode mais tardar sob pena de sermos atropelados pela história e
aprofundarmos ainda mais o abismo de desigualdade que nos separa de
ouras Instituições.
O SINDPOL/MG deixa bem claro que não vai tolerar qualquer forma de
intromissão interna e externa contra a aprovação desse projeto e vai
lançar mão de todas as ferramentas republicanas e não republicanas para
garantir a vitória depois de uma luta que já dura mais de 14 anos nada
pode barrar a aprovação deste texto sob pena de responsabilizarmos quem
quer que seja pelo atraso e fracasso da PCMG que não foi feita apenas
para Delegados, mas sim para todos os operadores e para o bem da
sociedade mineira. Aos neófitos fica a lição de ouvir e seguir o
exemplo dos mais antigos que tem o nosso respeito. Nossa Instituição é
regida pelos princípios tradicionais da hierarquia e da disciplina
funcionais e nós policiais sabemos o real sentido da palavra lealdade
toda honra e todo respeito ao Presidente do SINDEPO Dr. Chedid e sua
Direção que a exemplo de seus antecessores sempre honraram os acordos
fechados com seus congêneres e temos a certeza mais uma vez o honrará e
não se deixará levar por arroubos coeris e devaneios joviais, fruto da
pouca experiência profissional temos a convicção que assim como nós
homens de armas e de luta mais que poeira nas costas tem os olhos no
horizonte e coragem na ação. Estaremos todos, milhares mais uma vez na
ALMG terça-feira às 09:00 de pé e a ordem com a faca no dente e sangue
no olho para cumprir os acordos firmados com aquela casa de leis .
Finalmente deixamos bem claro que aqui em MG ainda não há espaço para
lutas fratricidas entre Investigadores, Escrivães, Peritos e Delegados,
como acontece com a nossa irmã Polícia Federal. Sabemos que é muito mais
fácil crescermos e evoluirmos todos juntos, porém, não toleraremos
traições nem ingerências de quem nem participou do processo e não
sofreram as dificuldades e os desafios para manter íntegra a Instituição
Polícia Civil até aqui.
A Executiva Sindical
Arrogância com fedor de talco e fralda.
ResponderExcluirQue Deus nos dê paciência.
E o Brasil com índices de homicídios que ultrapassa a índia .
E o dotô sem doutorado, quer ficar atrás da mesa dando ordens sem lógica ou estrutura.