Para o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a polícia científica tem uma grande dificuldade hoje de chegar à autoria e à materialidade de crimes violentos, que, se fossem comprovados, justificariam a prisão preventiva dos suspeitos. O problema é que a deficiência interfere em todo o sistema de Justiça.
“Começamos as ações penais com base nas investigações preliminares da polícia, mas se o inquérito padece de alguma deficiência, nós já partimos em desvantagem para obter uma condenação. A prova técnica pode ser decisiva, especialmente quando benfeita”, explica o coordenador do Centro de Apoio Operacional de Combate ao Crime Organizado do MPMG, André Ubaldino.
Atualmente, há 240 peritos criminais na capital e 540 no Estado. Segundo o Sindicato dos Peritos Criminais de Minas Gerais, o efetivo deveria ser de pelo menos 960 para atender toda a demanda. “Nos plantões, por exemplo, nós temos apenas uma equipe com dois peritos. Então, se eles estão atendendo uma ocorrência em algum lugar da cidade e ocorrer outro crime em um ponto diferente, os parentes da vítima e a Polícia Militar vão ter que esperar. A perícia de um caso simples não é feita em menos de duas horas”, argumenta o presidente do sindicato, Wilton Ribeiro.
O promotor critica a morosidade do trabalho pericial. “A ação do tempo destrói tudo, e, portanto, os vestígios deixados no crime ou, pelo menos, os corrompe. Portanto, quanto mais rápido é feita a perícia, maior será a eficiência da investigação”.
A Polícia Civil afirma que o efetivo será reforçado: 121 médicos-legistas e 95 peritos criminais serão nomeados no Estado no início de 2014. Outros 1.281 cargos administrativos também devem ser ocupados até outubro próximo. (AL)

Seis em cada cem ocorrências resultaram em prisões em BH
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