Hoje, quando uma quantidade de droga é apreendida, o perito é chamado à delegacia para colher a amostra e fazer os exames preliminares para constatar o tipo de entorpecente.
A delegacia, na opinião do novo diretor do instituto, Marco Paiva, não é o local adequado. De acordo com ele, além de não garantir a isenção do trabalho do perito, a droga é periciada em cima de uma mesa e nem sempre tem o básico, como a balança. “A constatação no laboratório agiliza o procedimento”, destacou Paiva.
O Código de Processo Penal diferencia perícia criminal de inquérito policial. Segundo o texto, ambos contribuem para a elucidação de um crime, mas as provas técnicas descobertas podem contrapor ou confirmar a investigação policial.
Orçamento. Para garantir a isenção dos resultados, Paiva diz que o instituto precisa da independência conquistada, em parte, com a lei. “O ideal é que a polícia científica também tenha orçamento próprio para gerir seus investimentos.” Atualmente, os recursos são repassados pela Polícia Civil. A corporação tem um orçamento de R$ 1 bilhão, dentro da pasta da Segurança Pública, que, por sua vez, tem uma provisão de R$ 5,6 bilhões.
A verba destinada para as perícias técnico-científicas, segundo o portal Transparência Minas, é de R$ 1,3 milhão – 0,13% do orçamento da polícia. A Associação de Criminalística e o Sindicato dos Peritos Criminais de Minas reivindicam 20% dos recursos. Em 17 Estados, a polícia científica tem dotação independente.
O diretor do Instituto de Criminalística, Marco Paiva, afirma que o órgão tem condições de apurar todos os crimes. São 13 seções . Porém, fontes ouvidas pela reportagem de O TEMPO dizem que o maior problema é a quantidade de peritos, que não consegue atender a demanda.
Os setores que trabalham em esquema de plantão (Crimes de Trânsito, contra a Vida e contra o Patrimônio) têm apenas dois profissionais para atender a capital e Nova Lima, na região metropolitana. Já para periciar drogas no Barreiro, Venda Nova e Nova Lima há apenas um perito. A nova lei prevê um quadro de 903 funcionários. Devem ser criadas mais 216 vagas, além das 95 do último concurso, de julho passado.
Peritos foram acionados nos casos de repercussão neste início de ano na região metropolitana de Belo Horizonte – como a morte de uma menina no clube Jaraguá, e o assassinato de um casal de turistas na serra do Cipó.
Mais peritos já! Assinem a Petição pela Convocação dos Candidatos Aprovados Excedentes do Concurso Público Perito Criminal - 2013 PCMG: http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR68617
ResponderExcluirPela melhoria da qualidade e agilidade dos serviços pericias prestados. A sociedade será a maior beneficiada!
Assista ao vídeo para entender o caso: https://www.youtube.com/watch?v=V5NYKsafDWs&feature=share