Em pouco mais de sete anos, 692 PMs e 77 policiais civis assassinados no Estado do Rio de Janeiro — o equivalente a aproximadamente uma morte a cada três dias desde 2010, em média. O levantamento inclui dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), sobre agentes em serviço, e números obtidos via Lei de Acesso à Informação junto ao governo do estado, tratando daqueles que estavam de folga. Como as estatísticas oficiais só vão até novembro do ano passado, a análise foi complementada com casos dos dois últimos meses levantados pelo próprio EXTRA.
Somados, os PMs que se tornaram vítimas da violência no período poderiam compor o efetivo de um batalhão de área de médio porte — na capital, por exemplo, nenhuma unidade do gênero conta com uma tropa maior à disposição. Entre os policiais civis, as mortes equivalem ao número de policiais que atuam em, pelo menos, duas delegacias distritais, também de médio porte.
Uma a cada cinco mortes de agentes de segurança aconteceu com vítimas de folga. O percentual dos casos ocorridos fora do expediente é maior entre os PMs (81,4%) do que entre os policiais civis (70,1%). Só nesta sexta-feira, mais dois policiais militares foram mortos fora do horário de trabalho.
Embora ainda não tenha chegado ao fim, janeiro de 2017 já registra o mais alto número de mortes de policiais na comparação com os mesmos meses dos anos anteriores: foram 17 casos. O número pode subir se um corpo que foi encontrado carbonizado em Itaguaí, na Baixada Fluminense, for confirmado como sendo do subtenente Cássio Ferreira.
Dois mortos numa única tarde
Os dois policiais militares assassinados nesta sexta-feira, ambos no início da tarde, foram baleados por criminosos durante tentativas de assalto. Um dos casos aconteceu em uma das esquinas mais movimentadas de Copacabana, numa das regiões mais turísticas da Zona Sul do Rio.
O sargento Artur Fernando Ribeiro Moura, de 47 anos, havia acabado de deixar uma agência bancária na Avenida Nossa Senhora de Copacabana quando foi abordado por um ladrão. Após tentar levar a mochila que o policial carregava, o bandido atirou contra ele pelo menos três vezes — dois disparos atingiram o peito e outro, o rosto.
Artur chegou a ser socorrido para o Hospital municipal Miguel Couto, na Gávea, mas não resistiu aos ferimentos. Ele era lotado no 6º BPM (Tijuca).
Já o cabo Roque Medeiros Fonseca Júnior, de 34 anos, foi alvejado durante um assalto a uma loja de departamento no bairro de Piabetá, em Magé, na Baixada Fluminense. Também socorrido a uma UPA, o praça do 34º BPM (Magé) acabou não resistindo.
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