terça-feira, 24 de maio de 2011

Perito e legista recusam convite para dirigir IC e IML

Profissionais decidiram, em assembléia, que ninguém assume os institutos com a atual direção da perícia oficial
  Ascom da Associação dos Peritos Oficiais
Em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (23), na sede da Perícia Oficial de Alagoas, os peritos oficiais decidiram por unanimidade que nenhum profissional aceitará a oferta das direções dos Instituto Médico Legal (IML), de Criminalística (IC) e de Identificação (I.I), em repúdio a nomeação do coronel Roberto Liberato para a direção geral em lugar da perita Ana Márcia Nunes.

O coronel assumiu nesta manhã, oficialmente, o posto e foi surpreendido pelo médico legista Kleber Santana , ex-diretor do IML de Maceió e também do Samu, e pelo perito Cantuária, ex-diretor do IC, que haviam recebido o convite para as respectivas direções.

“Caí de pára-quedas na situação, mas já pedi, inclusive, que não enviassem o meu nome para publicação no Diário Oficial”, disse o legista Kleber Santana durante assembleia.

No gabinete do diretor, ambos expuseram a insatisfação e a decisão tomada. “Disse ao coronel que não aceitaríamos os cargos, tampouco a presença dele na perícia oficial”, assegura Cantuária. Segundo eles, o coronel argumentou não ter pedido para ser indicado e sim recebido o convite.

Após a assembleia, uma comissão de peritos se reuniu com o deputado Judson Cabral (PT) a quem foram pedir apoio. Por e-mail, a perícia alagoana já obteve posicionamento da Associação Brasileira de Peritos Oficiais, da OAB Nacional, também da Associação dos Peritos da Polícia Federal e outras entidades.

Tais manifestações foram encaminhadas ao Governo do Estado e ao secretário de Defesa Social, coronel Dário César. A categoria, formada por médicos e odontolegistas, além dos peritos oficiais, afirma que que os quatro institutos somente terão diretores mediante a exoneração do coronel Liberato e pode desencadear uma greve.

Apoios

O perito criminal federal, Agadeilton Gomes Lacerda de Menezes,
Conselheiro do CONASP/MJ repudia a situação em Alagoas. “A profissionalização da Segurança Pública requer um marco regulatório,de responsabilidade do Governo Federal, em que estejam bem definidos, a partir de critérios técnicos, quem são os responsáveis por cada uma das atividades de polícia judiciária, administrativa e preventiva que compõe o sistema da segurança pública. Com base nessa definição, toda a estrutura administrativa montada para atender essa atividade será gerida pelos integrantes da categoria profissional responsável pela execução desse serviço. Esse modelo falido em que vivemos hoje, os órgãos e atividades são geridas por quem o mandatário da vez escolher, sem qualquer respeito ao corpo de profissionais que fazem a atividade acontecer. É por isso que vemos absurdos como este, um coronel da PM dirigindo uma atividade de Perícia Oficial”, enfatiza Menezes. 

Do Rio Grande do Sul também houve manifestação. “Entendemos completamente descabida a atitude do Governador de Alagoas, Sr. Teotônio Vilela Filho, que resultou na exoneração de uma Perita Criminal do cargo de Perita Geral do Estado e na substituição da mesma por um Coronel da Polícia Militar. 
Trata-se de uma afronta a autonomia dos órgãos de perícia e, por conseguinte, fere mortalmente os pressupostos constitucionais garantidores dos Direitos Humanos. Sindicato dos Peritos Oficiais da Área Criminal do RS, por intermédio deste ato, presta sua solidariedade aos Colegas de Alagoas e se coloca a disposição dos mesmos para implementar o que for necessário para que a Perícia Oficial deste importante Estado volte a ser dirigida por quem de direito, ou seja, um Perito de seus quadros”, conclui o perito criminalístico Décio de Moura Mallmith.

3 comentários:

  1. Sinceramente o que temos observado , é que o estado Brasileiro é absolutamente incapaz de investir seriamente em pesquisa e tecnologia aplicada a investigação estruturando assim a perícia criminal .Desta forma entendo que o caminho para se obter um atendimento digno a população seria extinbnguir os peritos oficiais ,deixando a cargo do juiz responsável , ou juiz de plantão, nomear o perito para o caso especifico desta forma teremos realmente experts , e não clinicos gerais . Desta forma teríamos peritos ou melhor professores universitários , cada qual atuando e sua área específica contribuindo de maneira bastanta fundamentada para a persecução criminal .

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  2. Anônimo, nunca li um comentário tão ridículo em toda a minha vida. Ridículo e irresponsável? V.Sa é 81 ou 91?

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  3. nenhum dos dois imbecil , não sou policial , tive de pesquisar o que seria 91, 81 meu Deus ! e Não adiata viajar sei muito bem o como o IC em minas é "moderno , eficiente, " e não acredito que esta realidade irá mudar .

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