O trabalho minucioso do Departamento de Biologia da Seção de Perícia de Crimes contra a Vida colocou atrás das grades um homem frio e cruel, que aterrorizou o Bairro Industrial, em Contagem, na Grande Belo Horizonte. De boa aparência e poucas palavras, Marcos Antunes Trigueiro não despertava suspeitas, mas confessou ter estuprado e assassinado cinco mulheres. A semelhança entre os crimes chamou a atenção da Polícia Civil. Após a confirmação de que o sêmen encontrado em três vítimas era do mesmo criminoso, o serial killer foi identificado e preso.
A chefe da seção, a perita criminal Ângela Romano, explica que o departamento de biologia é responsável pela análise de sangue, sêmen e fluidos corpóreos. “Colhidas as amostras de sêmen nas vítimas, elas foram jogadas num banco de dados e exames de DNA confirmaram que eram de um mesmo homem. Com a confirmação, foi iniciada a caça ao suspeito”. Segundo Ângela, depois de preso, Trigueiro forneceu amostras de saliva, retiradas da bochecha do serial killer com um objeto chamado swab (semelhante a um cotonete).
Graças ao exame de DNA, foi possível confirmar que as amostras de sangue encontradas pelos peritos no apartamento do líder do Bando da degola, Frederico Flores, no Bairro Sion, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, eram dos empresários Rayder Santos Rodrigues e Fabiano Ferreira Moura. Eles foram extorquidos e assassinados. Para dificultar a identificação, o bando arrancou as cabeças e dedos das mãos das vítimas e pôs fogo nos corpos. “A forma mais rápida de identificar um corpo é pelas digitais, chamada de papiloscopia, em que são analisados 11 pontos em cada dedo da mão. Nesse caso, só foi possível pelo DNA”, disse a perita.
Além do departamento de biologia, outros setores são imprescindíveis para a perícia de crimes contra a vida. A seção de engenharia, por exemplo, atua em casos de mortes provocadas por incêndios, enquanto o de química faz análises de óbitos provocados por ingestão de drogas e medicamentos. A química também é capaz de apontar a presença de pólvora nas mãos de um suspeito, e o exame de balística identifica a arma e calibre da munição. “Temos a perícia de trânsito, a seção patrimonial, para casos de roubos e assaltos, e o setor de áudio e vídeo, que analisa imagens feitas por circuitos de segurança”, listou Ângela Romano.
Acusado de estuprar dentistas em Belo Horizonte, Arquimedes de Abreu Filho foi preso após ter sido flagrado por câmeras instaladas no elevador do prédio onde funcionava o consultório de uma de suas vítimas. Com o equipamento chamado levantador eletrostático também foi possível identificar pegadas do estuprador no local onde cometeu o crime.
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