Cerca de 100 pessoas realizaram uma manifestação na frente da casa do médico legista e ex-diretor do Instituto Médico Legal, Harry Shibata, na tarde deste sábado (7), na Vila Madalena, bairro da zona oeste de São Paulo.
Ele é acusado de ser responsável por falsos atestados de óbito usados para acobertar assassinatos de opositores pela ditadura militar, ignorando marcas deixadas por sessões de tortura e produzindo laudos de acordo com as necessidades dos militares. Na manhã deste sábado, os bairros de Pinheiros e da Vila Madalena já haviam amanhecido com centenas de cartazes acusando Shibata, colados por manifestantes durante a madrugada.
Sob o lema “Se não há justiça, há esculacho popular”, uma coroa de flores foi colocada no portão de sua casa ao lado de fotos de mortos durante o regime cujos laudos necroscópicos teriam sido alterados por ele. Os manifestantes, que marcharam em passeata da esquina das ruas Fradique Coutinho e Inácio Pereira da Rocha até a casa de Shibata a cinco quadras de distância, encerrariam o ato com discursos em uma praça ao lado.
O grupo, que afirma não estar ligado a nenhum sindicato, partido político ou entidade, diz que é formado por pessoas preocupadas com o direito à verdade e à justiça em relação aos crimes cometidos pelo Estado durante a ditadura militar. Eles exigem que Shibata seja “intimado para depor na Comissão da Verdade”, de acordo com um panfleto distribuído no ato.
A Comissão foi criada para esclarecer quem foram os responsáveis por mortes, torturas e desaparecimentos na ditadura, mas sem poder de punição. O Palácio do Planalto tem sofrido críticas por conta da demora em sua instalação.
Os manifestantes lembraram também que o médico está sendo processado pelo Ministério Público Federal, junto com outras autoridades da época, pelo crime de ocultação de cadáver. “A tortura e os assassinatos praticados durante a ditadura militar permanecem como prática institucional do Estado. E a impunidade dos crimes praticados pelo Estado no passado funciona como uma “carta branca” para que as forças policiais e as Forças Armadas o façam hoje”, diz o panfleto.
O outro lado.
E QUEM seriam esses manifestantes?
uma matéria a respeito desse caso, num blog de "Direitos Humanos",
e achei um absurdo.
É impressionante a tintura maniqueísta com que tratam o tema neste
país. Houve abusos durante a Ditadura? Sim, houve, é inegável!
Elas foram unilaterais? Não, não foram! Ambos os lados aprontaram
Governo Federal vem com a historinha de que lutavam pela Democracia.
Puro engodo!! A não ser que eles chamem de "democrático" o que existe
até hoje em Cuba. Alguns grupos de esquerda admitiam claramente que
pretendiam substituir a Ditadura Militar por uma Ditadura Comunista! E
esse povo Comunista, a História ensina, só larga o osso quando
desencarna. Quem quiser saber o quão democráticos eram os grupos de
esquerda brasileiros, leia o "Guia Politicamente Incorreto da História
do Brasil", de Leandro Narloch.
Segunda-feira, assisti a um trecho do CQC. Daí, vi uma demonstração de
"Democracia": havia uma comemoração (questionável sim, sem dúvidas) de
alguns Oficiais Militares, relativa ao golpe de 64. Adivinhem: havia
"manifestantes" (se brincar, os mesmos citados nesse tópico), fazendo
um verdadeiro pandemônio na calçada em frente ao local da comemoração.
Tudo bem eles fazerem a manifestação. Até aí, sem problemas. O
problema, eu percebi, foi quando entrevistaram alguns deles. "Isso não
pode acontecer" "esse povo NÃO PODE fazer isso, em plena
'Democracia'".
Humm... Vamos raciocinar: se estamos em uma Democracia, os Oficiais
poderiam SIM, comemorar o que bem entendessem. Poderiam expressar suas
opiniões SIM, por mais tortas que fossem!
Então quer dizer que expressar a sua opinião pode, "DESDE QUE ELA SEJA
IGUAL A MINHA"?! É assim mesmo que muitos "companheiros" pensam.
Típico!! Tanto que, onde eles estiveram no Poder, quem pensava
diferente, ou simplesmente "pensava", ia para o Gulag!
Já falei antes, por aqui, do Mestrado da minha esposa. Na UFG, em uma
Faculdade repleta de "Comunistas de escritório". Uso esse termo,
porque todos eram muito radicais no discurso... Mas depois que saíam
da Faculdade, iam para suas casas em abastados Setores de Goiânia/GO.
Mas na hora de falar, ah, Cuba era um sonho... Mesmo tipo de gente que
invade uma Universidade (lembram-se do caso USP?), e acha que a
"Polícia é o mal a ser combatido".
Esse nosso país precisa amadurecer muito. Precisa acabar com
revanchismo. Acabar com ideias maniqueístas e politiqueiras. O povo
tem que começar a criticar, e parar de engolir tudo o que vem
"enlatado" pelo Poder vigente.
Ah, vamos falar de Direitos Humanos em Cuba? Que tal?
É a minha opinião.
Ricardo Matos
Biomédico / Perito Criminal
POLÍCIA CIENTÍFICA DO ESTADO DE GOIÁS
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O espaço de comentários do blog são moderados. Não serão aceitas as seguintes mensagens:
Que violem qualquer norma vigente no Brasil, seja municipal, estadual ou federal;
Com conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade, ou que desrespeite a privacidade alheia;
Com conteúdo que possa ser interpretado como de caráter preconceituoso ou discriminatório a pessoa ou grupo de pessoas; acusações sem provas, citando nomes de pessoas, se deseja fazer algum tipo de denúncia envie por e-mail que vamos averiguar a veracidade das denúncias, sendo esta verdadeira e de interesse coletivo será divulgada, resguardando a fonte.
Com linguagem grosseira, obscena e/ou pornográfica;
De cunho comercial e/ou pertencentes a correntes ou pirâmides de qualquer espécie; Que caracterizem prática de spam;
Fora do contexto do blog.
O Blog do Experidião:
Não se responsabiliza pelos comentários dos freqüentadores do blog;
Se reserva o direito de, a qualquer tempo e a seu exclusivo critério, retirar qualquer mensagem que possa ser interpretada contrária a estas regras ou às normas legais em vigor;
Não se responsabiliza por qualquer dano supostamente decorrente do uso deste serviço perante usuários ou quaisquer terceiros;
Se reserva o direito de modificar as regras acima a qualquer momento, a seu exclusivo critério.