A polícia está investigando o caso para identificar o suspeito
20/03/2013 12h38
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JULIANA BAETA
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Uma onda de morte massiva de cachorros em Bicas, na Zona da Mata, está sendo investigada na cidade. Só neste ano, até o mês de março, cerca de 80 animais foram mortos por envenenamento.
Nem todos os cachorros mortos são animais que foram abandonados ou estão à mercê de maus tratos e covardia nas ruas. Alguns eram adotados e pertenciam a famílias da cidades, que não se conformam com o fato. Os moradores da região estão indignados.
Segundo o delegado Sérgio Lamas, o inquérito já foi aberto para que o caso possa ser investigado. "Alguns pães com uma substância venenosa de cor rosa foram encontrados e já foram levados para a perícia para definir o que matou os animais", diz Lamas.
A investigação também trabalha com a hipótese de que alguns destes cachorros possam ter morrido devido a uma epidemia de cinomose que assola a região, uma doença que atinge os caninos e, apesar de não ser grave, em estado avançado pode causar convulsões, mesmo sintoma da morte por envenamento.
"Também estamos solicitando as imagens de câmeras de segurança internas, como de lojas e outros estabelecimentos próximos de onde alguns animais foram mortos, para verificar se encontramos alguma coisa que denuncie o suspeito", afirma ainda o delegado.
Como agir
O servidor público e ambientalista Franklin Oliveira, explica que, infelizmente, casos como este não são raros. "O melhor a se fazer, no caso do envenenamento de um animal, é forçá-lo a ingerir uma colher de água oxigenada, para forçar o vômito e eliminar parte da substância venenosa do organismo. Em seguida, deve-se levar o animal a uma clínica veterinária o mais rápido possível", recomenda.
Caso a pessoa, dona do animal ou mesmo uma testemunha veja um cachorro, gato ou qualquer outro animal sendo maltratado ou envenenado, ela deve ir à delegacia e apresentar uma queixa formal. "Muita gente não sabe, mas este tipo de crime está previsto na Constituição sob penalização, portanto, a denúncia formal na delegacia é perfeitamente válida", diz Franklin.
O problema é que em algumas delegacias, casos como este são tratados com desprezo e até mesmo como uma brincadeira ou ironia. "Neste caso vale lembrar à autoridade que há o código interno da própria polícia, de número 1251, que prevê que casos como este devem ser atendidos, registrados e encaminhados para investigação. O artigo 225 da Constituição incube ao poder público a proteção e zelo da fauna e flora", complementa.
Ainda segundo o ambientalista, é possível até mesmo prevenir e inibir os autores deste tipo de crime. "Quando acontecer algum caso como este, eu oriento as pessoas a colocarem faixas no local onde um animal foi envenenado alertando sobre o ocorrido e sobre o perigo que outros animais possam estar correndo. Isso inibe o criminoso que fica com medo de ser descoberto".
Ele ainda diz que é possível descobrir as pessoas que cometem este tipo de crime apenas ficando atento em conversas paralelas na rua, em mesas de bar, já que por ser um crime subestimado pela sociedade, muita gente nem se preocupa em esconder o que fez e alguns chegam até a se vangloriar disso.
Nem todos os cachorros mortos são animais que foram abandonados ou estão à mercê de maus tratos e covardia nas ruas. Alguns eram adotados e pertenciam a famílias da cidades, que não se conformam com o fato. Os moradores da região estão indignados.
Segundo o delegado Sérgio Lamas, o inquérito já foi aberto para que o caso possa ser investigado. "Alguns pães com uma substância venenosa de cor rosa foram encontrados e já foram levados para a perícia para definir o que matou os animais", diz Lamas.
A investigação também trabalha com a hipótese de que alguns destes cachorros possam ter morrido devido a uma epidemia de cinomose que assola a região, uma doença que atinge os caninos e, apesar de não ser grave, em estado avançado pode causar convulsões, mesmo sintoma da morte por envenamento.
"Também estamos solicitando as imagens de câmeras de segurança internas, como de lojas e outros estabelecimentos próximos de onde alguns animais foram mortos, para verificar se encontramos alguma coisa que denuncie o suspeito", afirma ainda o delegado.
Como agir
O servidor público e ambientalista Franklin Oliveira, explica que, infelizmente, casos como este não são raros. "O melhor a se fazer, no caso do envenenamento de um animal, é forçá-lo a ingerir uma colher de água oxigenada, para forçar o vômito e eliminar parte da substância venenosa do organismo. Em seguida, deve-se levar o animal a uma clínica veterinária o mais rápido possível", recomenda.
Caso a pessoa, dona do animal ou mesmo uma testemunha veja um cachorro, gato ou qualquer outro animal sendo maltratado ou envenenado, ela deve ir à delegacia e apresentar uma queixa formal. "Muita gente não sabe, mas este tipo de crime está previsto na Constituição sob penalização, portanto, a denúncia formal na delegacia é perfeitamente válida", diz Franklin.
O problema é que em algumas delegacias, casos como este são tratados com desprezo e até mesmo como uma brincadeira ou ironia. "Neste caso vale lembrar à autoridade que há o código interno da própria polícia, de número 1251, que prevê que casos como este devem ser atendidos, registrados e encaminhados para investigação. O artigo 225 da Constituição incube ao poder público a proteção e zelo da fauna e flora", complementa.
Ainda segundo o ambientalista, é possível até mesmo prevenir e inibir os autores deste tipo de crime. "Quando acontecer algum caso como este, eu oriento as pessoas a colocarem faixas no local onde um animal foi envenenado alertando sobre o ocorrido e sobre o perigo que outros animais possam estar correndo. Isso inibe o criminoso que fica com medo de ser descoberto".
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