Reprodução/Facebook
Flávio Assis Luciano
Flávio Assis Luciano desapareceu no dia 19 de fevereiro após sair de casa

Mesmo com a chuva, centenas de pessoas com roupas brancas e faixas de protesto caminharam da Praça da Matriz até a Rodoviária de Bom Despacho, região Centro-Oeste de Minas, pedindo paz, depois do desaparecimento do gerente comercial, Flávio Assis Luciano, de 34 anos, em 19 de fevereiro. Familiares aguardam laudo de exame de DNA feito em um corpo encontrado completamente carbonizado no dia 22 de fevereiro, no bairro Arraial dos Lobos, no mesmo município. A previsão de conclusão é de até 90 dias.
"Meu irmão era um trabalhador, tinha mestrado. Se for confirmado o laudo, só nos resta fazer um velório simbólico", desabafa, em entrevista ao Hoje em Dia, Everaldo Luciano, irmão mais velho do gerente comercial. Ele disse que alguns parentes estiveram na passeata deste sábado, mas que a manifestação foi organizada por moradores da cidade. Emocionado, Everaldo lamentou que muitas notícias que tem visto na imprensa sejam inverdades a respeito do irmão.
 
O corpo carbonizado que passa por exames foi encontrado no Gol prata Geração 5, placa HLG-6827, que pertencia a Flávio. "Meu irmão nunca disse que estava sendo perseguido. Nos últimos quatro meses ele estava morando com meus pais", informou Everaldo. 
 
Nos dias em que se constatou o desaparecimento, a irmã de Flávio Luciano postou em sua página no Facebook um alerta sobre o sumiço do irmão. Instantaneamente, o post reuniu uma corrente nas redes sociais com centenas de pessoas, até do exterior, para encontrá-lo. Flávio era dono de uma pizzaria na cidade e muitos dos comentários falam carinhosamente a respeito de sua popularidade.

"Meu querido 'Favo', amor de irmão nunca morre, podemos não nos encontrar mais, não fazer planos, mas o nosso amor é eterno, está vivo dentro do coração", postou a irmã do empresário Érika Luciano, nesta noite.
 
Investigações
 
Até agora, a Polícia Civil trabalha com duas linhas de investigação sobre o desaparecimento e suposto assassinato de Flávio Luciano. O delegado Ivan José Lopes informou que o crime pode ter motivação passional ou estar relacionado com o tráfico de drogas. "Descartamos a hipótese de suicídio, já que no carro da vítima, que foi encontrado carbonizado, encontramos projéteis de arma", contou. Na quinta-feira (28), a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de dois suspeitos do crime.