Ex vereador Experidiao Porto defendia a redução dos salarios para o pizo dos professores do municipio.
Justificativa para manutenção dos vencimentos é a ajuda aos eleitores
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FOTO: LEO FONTES
Discurso. O governador Antonio Anastasia defendeu, no evento, uma revisão do pacto federativo
Foi em clima de lamentação que cerca de 800 vereadores de diversas cidades mineiras chegaram a Belo Horizonte para participar do III Congresso Mineiro de Vereadores. Os parlamentares demonstraram preocupação com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 35, que prevê a extinção dos salários para parlamentares de municípios com menos de 50 mil habitantes.
Se aprovada a proposta, de autoria do senador Cyro Miranda (PSDB-GO), apenas 66 das 853 cidades de Minas Gerais - 7,7% do total de municípios no Estado - continuariam a remunerar seus vereadores. Em todo o país, quase 5.000 Câmaras deixariam de pagar salários a seus representantes. Em uma palavra, os vereadores do interior de Minas definiram a proposta: injusta.
"O vereador é a válvula de escape do prefeito, porque é mais próximo
Se aprovada a proposta, de autoria do senador Cyro Miranda (PSDB-GO), apenas 66 das 853 cidades de Minas Gerais - 7,7% do total de municípios no Estado - continuariam a remunerar seus vereadores. Em todo o país, quase 5.000 Câmaras deixariam de pagar salários a seus representantes. Em uma palavra, os vereadores do interior de Minas definiram a proposta: injusta.
"O vereador é a válvula de escape do prefeito, porque é mais próximo
da população. É ele quem está na linha de frente", afirmou Antônio Marcos
(DEM), que exerce o terceiro mandato seguido na cidade de Passa Vinte,
no Sul de Minas. O município tem 2.079 habitantes, e cada vereador
recebe R$ 1.182 líquidos, conforme Marcos. "Até a legislatura passada,
eram R$ 800", reclamou.
Quem também não gostou do projeto do senador goiano foi Maria Augusta
Quem também não gostou do projeto do senador goiano foi Maria Augusta
Pereira (PMDB), uma das cinco vereadoras de Ilicínea, também no Sul do
Estado. A peemedebista disse que, em cidades pequenas, é comum que
parte do salário dos vereadores (que, no caso dela, é de R$ 1.700) seja empregado em benefícios para a população. "Nas cidades pequenas, 80% do trabalho é para atender a anseios de moradores, como, por exemplo, bancar a gasolina para levar gente ao hospital. O salário é importante", afirmou Maria Augusta.
O presidente da Câmara de Andradas, no Sul, Hamilton Raimundo (PSD),
O presidente da Câmara de Andradas, no Sul, Hamilton Raimundo (PSD),
afirma que, por ser técnico em prótese dentária, o salário de R$ 2.278 "nã
o faz muita diferença", mas que isso pode ocasionar uma "menor vontade
de muitos vereadores" em se candidatar. "Se é para tirar de um, tem que t
irar de todo mundo. Deputados, senadores, governadores", afirmou.
Apoio. O presidente da Câmara de Belo Horizonte, Léo Burguês (PSDB), s
Apoio. O presidente da Câmara de Belo Horizonte, Léo Burguês (PSDB), s
aiu em defesa dos vereadores presentes. "Eu gostaria que quem votar nessa
proposta fosse aos municípios pequenos ver o trabalho do vereador", afirmou
Burguês, para quem o Legislativo tem sido "atacado".
O vice-prefeito de Belo Horizonte, Délio Malheiros (PV), que já foi vereador,
O vice-prefeito de Belo Horizonte, Délio Malheiros (PV), que já foi vereador,
engrossou o coro. "Não podemos pensar que o vereador seja obrigado a
trabalhar sem receber. Ele tem que, além de legislar e fiscalizar, atender a
demandas de moradores", disse.
PALANQUE
Burguês diz que Aécio é solução
Foi durante o discurso do presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Léo Burguês (PSDB), que o palco do Congresso Mineiro de Vereadores virou palanque eleitoral.
Contrariando o discurso do senador Aécio Neves (PSDB)de que é a presidente Dilma Rousseff (PT) quem tenta antecipar o calendário eleitoral e que governa pensando na reeleição, Burguês lançou, ali mesmo e para uma plateia de 800 "cabos eleitorais" o nome de Aécio Neves à Presidência.
O vereador tucano aproveitou a ocasião para levantar uma das bandeiras de Aécio um tema que é quase unânime entre os parlamentares municipais: o pacto federativo e o déficit no repasse de verbas da União para os municípios.
De acordo com o vereador, que foi aplaudido efusivamente pelos colegas, "Minas Gerais tem a solução para o pacto federativo: o nome de Aécio Neves para a Presidência". Mais tarde, desconversou sobre estar fazendo o papel de cabo eleitoral do pré-candidato do PSDB.
"Eu acho que a discussão dos temas nacionais é natural para os grandes lideres. O Aécio Neves já discute o pacto federativo, a redistribuição de renda para os municípios. É natural que ele cobre posicionamentos da presidente da República", defendeu.
O governador Antonio Anastasia (PSDB) também criticou o que chamou de "federação centralizada", embora sem citar nomes ou partidarizar a questão. "É uma característica que veio com a evolução da federação, desde a Constituição de 1988", criticou. (LP)
Contrariando o discurso do senador Aécio Neves (PSDB)de que é a presidente Dilma Rousseff (PT) quem tenta antecipar o calendário eleitoral e que governa pensando na reeleição, Burguês lançou, ali mesmo e para uma plateia de 800 "cabos eleitorais" o nome de Aécio Neves à Presidência.
O vereador tucano aproveitou a ocasião para levantar uma das bandeiras de Aécio um tema que é quase unânime entre os parlamentares municipais: o pacto federativo e o déficit no repasse de verbas da União para os municípios.
De acordo com o vereador, que foi aplaudido efusivamente pelos colegas, "Minas Gerais tem a solução para o pacto federativo: o nome de Aécio Neves para a Presidência". Mais tarde, desconversou sobre estar fazendo o papel de cabo eleitoral do pré-candidato do PSDB.
"Eu acho que a discussão dos temas nacionais é natural para os grandes lideres. O Aécio Neves já discute o pacto federativo, a redistribuição de renda para os municípios. É natural que ele cobre posicionamentos da presidente da República", defendeu.
O governador Antonio Anastasia (PSDB) também criticou o que chamou de "federação centralizada", embora sem citar nomes ou partidarizar a questão. "É uma característica que veio com a evolução da federação, desde a Constituição de 1988", criticou. (LP)
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