Mais de 80% dos mineiros mortos entre 20 e 24 anos são homens. E, em
grande parte dos casos, esses jovens foram vítimas de mortes violentas.
Levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) mostrou que, em 2011, o Estado contabilizou 2.095 óbitos nesta
faixa etária. Do total, 1.709 (81,6%) eram homens, e 1.434 (68,4%) deles
morreram em circunstâncias violentas. A Polícia Militar (PM) atribui os
altos percentuais ao tráfico de drogas, e os especialistas dizem que
faltam políticas públicas para combater os crimes.
O major Gilmar Luciano Santos, assessor de imprensa da polícia, afirmou que muitas dessas mortes estão ligadas à disputa por pontos de vendas e também a dívidas com drogas. "Geralmente, são homens que estão envolvidos com o tráfico. É mais raro ter mulheres nesse crime".
Para o especialista em segurança pública e membro do Núcleo de Violência da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) Robson Sávio, a falha é do Estado. "Nós já sabemos que a causa dessas mortes é o tráfico de drogas, porém, faltam trabalhos de prevenção, que precisam passar pela educação e pela qualidade de vida. Não adianta só reprimir. Assim, esse número vai aumentar ano a ano", argumentou.
A triste perspectiva do especialista já pode ser observada no crescimento do número de mortes de homens e, também, por causas violentas. Em 2003, dos 2.757 óbitos dessa faixa etária, 2.191 (79,5%) foram de homens, dois pontos percentuais a menos que o registrado em 2011. As mortes por causas violentas também tiveram aumento, já que representavam 65,5% em 2003, quase três pontos percentuais a menos que em 2011.
O filho da arquiteta Lúcia Malta, 56, faz parte dessa estatística. Aos 22 anos, ele foi assassinado por causa de uma dívida com drogas. "Ele começou a fumar muita maconha, perdeu o emprego, e resolvi não dar mais dinheiro para ele, pois queria tirá-lo do mundo das drogas. Hoje, ficou uma dor enorme por tê-lo perdido por causa de dívidas. Às vezes, me arrependo de não ter dado o dinheiro para ele mais essa vez", disse.
O major Gilmar Luciano Santos, assessor de imprensa da polícia, afirmou que muitas dessas mortes estão ligadas à disputa por pontos de vendas e também a dívidas com drogas. "Geralmente, são homens que estão envolvidos com o tráfico. É mais raro ter mulheres nesse crime".
Para o especialista em segurança pública e membro do Núcleo de Violência da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) Robson Sávio, a falha é do Estado. "Nós já sabemos que a causa dessas mortes é o tráfico de drogas, porém, faltam trabalhos de prevenção, que precisam passar pela educação e pela qualidade de vida. Não adianta só reprimir. Assim, esse número vai aumentar ano a ano", argumentou.
A triste perspectiva do especialista já pode ser observada no crescimento do número de mortes de homens e, também, por causas violentas. Em 2003, dos 2.757 óbitos dessa faixa etária, 2.191 (79,5%) foram de homens, dois pontos percentuais a menos que o registrado em 2011. As mortes por causas violentas também tiveram aumento, já que representavam 65,5% em 2003, quase três pontos percentuais a menos que em 2011.
O filho da arquiteta Lúcia Malta, 56, faz parte dessa estatística. Aos 22 anos, ele foi assassinado por causa de uma dívida com drogas. "Ele começou a fumar muita maconha, perdeu o emprego, e resolvi não dar mais dinheiro para ele, pois queria tirá-lo do mundo das drogas. Hoje, ficou uma dor enorme por tê-lo perdido por causa de dívidas. Às vezes, me arrependo de não ter dado o dinheiro para ele mais essa vez", disse.
Acidentes. Além das mortes por causa do tráfico de
drogas, Luciene Longo, demógrafa do IBGE, explica que os acidentes de
trânsito também aparecem com frequência como causa para as perdas de
vidas entre os jovens. "As batidas também causam essas mortes violentas,
porém, elas parecem representar menos que os óbitos por crimes",
afirmou.
O especialista em segurança no trânsito Leandro Barbosa disse que os homens também aparecem com destaque nesta estatística porque o sexo masculino tem mais propensão a misturar bebida e direção e, assim, causar acidentes com mortes. "Os homens têm um espírito mais aventureiro e são mais corajosos que as mulheres e, por isso, a chance de eles beberem, dirigirem e se tornarem a própria vítima de um acidente é maior que a de mulheres".
Uma dona de casa de 46 anos, que preferiu não ter o nome revelado, perdeu o sobrinho de 23 anos dessa forma. "Ele sempre bebia e dirigia. Um dia, ele bateu em um outro carro e morreu. Ele ainda matou dois jovens que estavam com ele", contou.
O especialista em segurança no trânsito Leandro Barbosa disse que os homens também aparecem com destaque nesta estatística porque o sexo masculino tem mais propensão a misturar bebida e direção e, assim, causar acidentes com mortes. "Os homens têm um espírito mais aventureiro e são mais corajosos que as mulheres e, por isso, a chance de eles beberem, dirigirem e se tornarem a própria vítima de um acidente é maior que a de mulheres".
Uma dona de casa de 46 anos, que preferiu não ter o nome revelado, perdeu o sobrinho de 23 anos dessa forma. "Ele sempre bebia e dirigia. Um dia, ele bateu em um outro carro e morreu. Ele ainda matou dois jovens que estavam com ele", contou.
Mulheres são vítimas de passionais
O
crime passional é a principal causa das mortes de mulheres entre 20 e
24 anos. Dos 2.095 mortos no Estado nessa faixa etária em 2011, 18,4%
eram do sexo feminino. A conclusão é de especialistas, já que o IBGE não
divulgou o percentual de mortes por causas violentas entre mulheres.
"É claro que algumas dessas mulheres podem ter tido uma morte por alguma doença ou outra causa, mas é fato que muitas delas são vítimas de ciúmes dos companheiros", disse o especialista em segurança pública Marcos Andrade Lopes.
"É claro que algumas dessas mulheres podem ter tido uma morte por alguma doença ou outra causa, mas é fato que muitas delas são vítimas de ciúmes dos companheiros", disse o especialista em segurança pública Marcos Andrade Lopes.
Fonte: O Tempo On Line
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