Segundo denúncia oferecida pelo órgão, os seis devem responder pelo crimes crimes de tortura, denunciação caluniosa, coação e falsidade ideológica.
De acordo com a assessoria de imprensa do MPMG, as ações criminosas foram praticadas no dia 21 abril de 2010. Nessa data, segundo os denunciantes, a delegada foi vítima de desacato. No entanto, uma vizinha da autoridade policial comunicou à Polícia Militar que a mulher havia sido vítima de roubo e o suspeito foi preso. Em seguida, o detido, que estava de acordo com a descrição recebida, foi agredido por policiais militares até que assumisse o crime.
Além disso, conforme a peça acusatória, as agressões teriam continuado na delegacia da cidade, onde também foi forjado o flagrante de roubo. Nos dias seguintes, ainda na tentativa de legitimar a farsa, documentos inverídicos e assinados sob coação foram produzidos pelos acusados.
Em decorrência das distorções e incongruências verificadas no flagrante, a prisão foi relaxada e foi instaurado inquérito, por requisição judicial, com o objetivo de investigar os ilícitos cometidos pelos agentes públicos.
A Promotoria de Justiça instaurou um Procedimento Investigatório Criminal (PIC), apoiada por trabalho da Corregedoria da Polícia Civil. A investigação levou ao esclarecimento dos fatos e à definição dos crimes praticados pelos agentes de segurança.
A denúncia, assinada pelos promotores de Justiça Tânia Nagib Abour Haidar Guedes, Sophia de Sousa de Mesquita David e Victor Hugo Rena Pereira, inclui, ainda, uma pessoa que teria prestado falso testemunho no intuito de ajudar os policiais a corroborarem a fantasiosa versão inicial.