Policiais
civis realizaram, na manhã desta quarta-feira (31), uma manifestação na
MG-010, em frente à Cidade Administrativa (sede oficial do governo de
Minas Gerais), no bairro Serra Verde, na região de Venda Nova, em Belo
Horizonte. Cerca de 110 pessoas, segundo a Polícia Militar Rodoviária
(PMRv), fecharam a Linha Verde, no sentido Belo Horizonte. O Corpo de
Bombeiros informou que os manifestantes queimaram pneus e caixões no
local.
Segundo o diretor de mobilização do
Sindicato dos Servidores da Polícia do Estado de Minas Gerais (Sindpol),
Adilson Bispo, os manifestantes usam carro de som e faixas para
protestar. Eles querem a aprovação da Lei Orgânica com as alterações
propostas pelos funcionários. Dentre as propostas estão a promoção
automática a cada sete anos de serviço, adicional por invalidez e
criação de novas vagas.
Em 2011, o Sindpol fez um acordo com o
governo para a aprovação da Lei Orgânica. “Já estamos quase em 2014 e
isso não foi cumprido. Esperamos que a Assembleia Legislativa aprove o
mais rápido possível”, afirma Bispo.
Sobre a estrutura da corporação, o diretor
avalia que há um sucateamento. “O efetivo que temos, de cerca de 8.500
homens trabalhando, é o mesmo de 1980. A violência cresceu e não temos
condições de atender a sociedade com esse efetivo; precisamos, no mínimo
de 20 mil homens”, avalia.
Conforme a PRMv, a pista foi foi liberada
por volta de 12h20. Os manifestantes informaram que vão voltar a fechar a
pista na tarde desta quarta-feira.
Posição do governo
Em nota, a Polícia Civil informou que, como
integrante do Poder Executivo, respeita a independência entre os
poderes e, por isso, vai aguardar os encaminhamentos do projeto da nova
Lei orgânica da Instituição, que está em tramitação no Legislativo.
Segundo a Polícia Civil, o novo projeto assegura avanços para todas as
carreiras policiais.
O comunicado assegura que o governador está
aberto para negociar eventuais ajustes no projeto. Ainda segundo a
assessoria, no dia 20 de junho, as entidades representativas da
categoria protocolaram na Assembleia Legislativa de Minas Gerais um
documento com alterações no projeto, o que está sendo analisado pelos
deputados.
Fonte: O Tempo
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