Dos três servidores públicos estaduais denunciados pela vítima, de 19 anos, somente dois foram indiciados por estupro de vulnerável e assédio sexual; indícios inocentaram o terceiro acusado, de 25 anos
PUBLICADO EM 06/07/16 - 19h48
DA REDAÇÃO
Foram indiciados por estupro de vulnerável e assédio sexual dois dos três servidores públicos estaduais que foram denunciados por uma jovem de 19 anos de a terem estuprado durante um congresso na cidade de Bom Despacho, na região Centro-Oeste do Estado, no dia 4 de junho. A Polícia Civil já concluiu o inquérito.
De acordo com a corporação, a vítima fez a denúncia no dia 8 de junho em Belo Horizonte, onde o inquérito foi instaurado no mesmo dia. Neste mesmo dia foi feito o pedido de prisão preventiva de dois dos suspeitos à Justiça.
Durante as investigações, com base no depoimento dos suspeitos, da vítima e de testemunhas, além de outros procedimentos investigativos, ficou evidenciada a participação de dois homens, um de 24 anos e outro de 25, no crime de estupro.
O caso segue em segredo de Justiça, motivo pelo qual os nomes dos indiciados não podem ser divulgados.
A Polícia Civil não encontrou indícios de envolvimento de um dos investigados, de 25 anos, que não está entre os indiciados no caso. O inquérito relatado foi encaminhado na última segunda-feira (4) ao Fórum de Belo Horizonte.
Relembre
O crime aconteceu em uma pousada em Bom Despacho durante o II Encontro Mineiro dos Estudantes do Campo de Públicas, organizado pelos alunos da Fundação João Pinheiro, mas que reunia estudantes de outras universidades. Um dos suspeitos seria palestrante do encontro.
Conforme a delegada Danúbia Quadros, chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher na capital, a jovem relatou ter “ficado” com um dos rapazes na festa e, após beber muito, acordou no quarto, de bruços, nua, e foi virada por um dos homens.
“Duas testemunhas presenciaram a vítima saindo do quarto, usando a camisa e a saia, e também viram os três rapazes. Por ela estar desacordada, o crime é considerado estupro de vulnerável, com aumento de pena pelo concurso de mais pessoas”, disse a delegada.
“Quero que haja justiça para que outras tenham coragem de denunciar. Não é um 'estupruzinho' de uma turminha que resolveu beber. São criminosos”, salientou o pai da vítima. A jovem também quer punição. “É horrível esse desprezo, essa banalização, e aconteceu comigo. Vou me tornar servidora também. Não quero ter que conviver pelo resto da vida com eles”
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